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24/02/2003
-
09h57
da Folha Online
Depois dos escândalos envolvendo empresas como a Xerox e a WorldCom, o fantasma da fraude contábil de empresas volta a assombrar os mercados de valores.
Desta vez, foi uma empresa européia que admitiu ter adulterado os resultados. O grupo de supermercados holandês Royal Ahold disse hoje que seus ganhos em 2001 e 2002 foram inflados em mais de US$ 500 milhões. Com isso, suas ações se desvalorizaram em mais de 50% e derrubaram as principais Bolsas da região.
Nesta manhã, em Londres, a Bolsa local recuava 0,10%, para 3.723,20 pontos. A Bolsa de Paris caía 0,63%, para 2.812 pontos, e a de Frankfurt tinha perdas de 1,51%, com 2.608,83 pontos.
Na Bolsa de Madri, a queda era de 1%, para 5.982,60 pontos. A Bolsa de Milão caía 0,10%, para 23.502 pontos.
A Bolsa da Suíça operava aos 4.201,70 pontos, com uma variação negativa de 0,64%. A Bolsa de Amsterdã perdia 4,14%, com 271,18 pontos.
Após a divulgação da fraude no balanço do Royal Ahold, o grupo afastou seu presidente e também o diretor financeiro e a Standard & Poor's cortou a classificação de risco da dívida da empresa para ''junk bond'' (papéis que não podem ser comprados por fundos de investimento de baixo risco, como fundos de pensão).
A Bayer, maior companhia farmacêutica alemã, também é um dos destaques negativos do pregão desta segunda-feira, pois documentos mostram que a empresa já sabia dos efeitos colaterais do seu medicamento anti-colesterol Baycol muito antes de ele ter sido retirado do mercado.
Ultimato
As incertezas no campo geopolítico também desanimam os investidores. Colin Powell, secretário de Estado dos EUA, deu prazo até 7 de março para que o país de Saddam Hussein se desarme. Washington acusa de Bagdá de produzir armas de destruição em massa.
Os Estados Unidos e o Reino Unido devem entregar no próximo dia 18 à ONU (Organização das Nações Unidas) a proposta de uma nova resolução para o desarmamento do Iraque. Estima-se que o texto traga uma permissão para ataque caso Bagdá não se desarme até a data-limite marcada por Powell.
Com agências internacionais
Varejista holandesa ''infla'' lucros e derruba Bolsas européias
DENYSE GODOYda Folha Online
Depois dos escândalos envolvendo empresas como a Xerox e a WorldCom, o fantasma da fraude contábil de empresas volta a assombrar os mercados de valores.
Desta vez, foi uma empresa européia que admitiu ter adulterado os resultados. O grupo de supermercados holandês Royal Ahold disse hoje que seus ganhos em 2001 e 2002 foram inflados em mais de US$ 500 milhões. Com isso, suas ações se desvalorizaram em mais de 50% e derrubaram as principais Bolsas da região.
Nesta manhã, em Londres, a Bolsa local recuava 0,10%, para 3.723,20 pontos. A Bolsa de Paris caía 0,63%, para 2.812 pontos, e a de Frankfurt tinha perdas de 1,51%, com 2.608,83 pontos.
Na Bolsa de Madri, a queda era de 1%, para 5.982,60 pontos. A Bolsa de Milão caía 0,10%, para 23.502 pontos.
A Bolsa da Suíça operava aos 4.201,70 pontos, com uma variação negativa de 0,64%. A Bolsa de Amsterdã perdia 4,14%, com 271,18 pontos.
Após a divulgação da fraude no balanço do Royal Ahold, o grupo afastou seu presidente e também o diretor financeiro e a Standard & Poor's cortou a classificação de risco da dívida da empresa para ''junk bond'' (papéis que não podem ser comprados por fundos de investimento de baixo risco, como fundos de pensão).
A Bayer, maior companhia farmacêutica alemã, também é um dos destaques negativos do pregão desta segunda-feira, pois documentos mostram que a empresa já sabia dos efeitos colaterais do seu medicamento anti-colesterol Baycol muito antes de ele ter sido retirado do mercado.
Ultimato
As incertezas no campo geopolítico também desanimam os investidores. Colin Powell, secretário de Estado dos EUA, deu prazo até 7 de março para que o país de Saddam Hussein se desarme. Washington acusa de Bagdá de produzir armas de destruição em massa.
Os Estados Unidos e o Reino Unido devem entregar no próximo dia 18 à ONU (Organização das Nações Unidas) a proposta de uma nova resolução para o desarmamento do Iraque. Estima-se que o texto traga uma permissão para ataque caso Bagdá não se desarme até a data-limite marcada por Powell.
Com agências internacionais
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