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Personagens da Crise de 29 - Mellon
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da Folha Online
Andrew William Mellon, secretário do Tesouro (1855-1937)
Andrew Mellon foi nomeado para o Departamento do Tesouro dos EUA em 1921, pelo então presidente Warren Harding e foi mantido no cargo pelos sucessores Calvin Coolidge e Herbert Hoover.
Sua família chegou aos Estados Unidos em 1818, vinda do norte da Irlanda, e se estabeleceu no oeste do Estado da Pensilvânia (costa leste). Trabalhou com o pai, Thomas, e o irmão, Richard, no banco da família, o T. Mellon and Sons --instituição que se destacou no financiamento do setor industrial do Estado. Ajudou a fundar e financiar empresas como Alcoa e Gulf Oil; embora não se envolvesse com a gestão das empresas, as participações que possuía acabaram por torná-lo um dos homens mais ricos do país em 1914.
Mellon, que era republicano, defendia redução do endividamento, cortes de impostos e equilíbrio orçamentário, segundo sua biografia, escrita pelo professor do Instituto de Pesquisa Histórica da Universidade de Londres David Cannadine.
No longo período em que ficou no cargo a economia americana, em particular o setor financeiro, registrou momentos de grande prosperidade, que o tornaram --até antes da quebra da Bolsa de Nova York-- conhecido como o maior secretário do Tesouro desde Alexander Hamilton (o primeiro do país).
A Grande Depressão, no entanto, afetou a imagem do secretário, que passou a ser alvo de críticas --inclusive por seus laços com o setor empresarial. Ele, no entanto, manteve a política de equilibrar o Orçamento através de aumentos de impostos e de cortes nos gastos públicos. As medidas tornaram a Depressão, que já era difícil para o cidadão comum suportar, ainda mais dura. O governo de Hoover sentiu o impacto das medidas, e o presidente passou a ser visto como um homem insensível ao sofrimento do país.
Mellon começou a passar boa parte do tempo fora do país, renegociando dívidas da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), e com isso Hoover passou a depender cada vez mais do subsecretário, Ogden Mills. Mellon deixou o cargo em 1932, para servir como embaixador dos EUA no Reino Unido --cargo em que ficou por um ano.
Se destacou ainda não só na política e nos negócios, mas também como colecionador de arte e filantropo, contribuindo com quase US$ 10 milhões para instituições de ensino e caridade durante sua vida. Sua filha, Ailsa Mellon Bruce, criou a Avalon Foundation em 1940 e seu filho, Paul Mellon, criou a Old Dominion Foundation, em 1941. Ambas se uniram em 1969 e a nova instituição recebeu o nome de Andrew W. Mellon Foundation --até o fim de 2007, a fundação possuía ativos avaliados em US$ 6,5 bilhões.
Ele morreu em 27 de agosto de 1937, em Southampton, Long Island, no Estado de Nova York, e foi enterrado no Estado da Virgínia.
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