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11/03/2003 - 15h08

Aquisição do BBA reduz lucro do Itaú em 2002

IVONE PORTES
da Folha Online

O Itaú teve lucro líquido de R$ 2,377 bilhões em 2002, apontando uma leve redução em relação ao ano anterior, quando os ganhos somaram R$ 2,389 bilhões.

O resultado financeiro do ano passado só não foi maior em razão da aquisição do BBA e do aumento de provisões para se proteger de possíveis inadimplências.

Segundo o analista da ABM Consulting, Fernando Coelho, o lucro do Itaú poderia ter atingido cerca de R$ 2,9 bilhões se não fosse o pagamento de efeitos fiscais referente a amortização de ágio decorrente da compra do BBA, de aproximadamente R$ 679 milhões.

Por outro lado, a incorporação do BBA colaborou significativamente com o crescimento da carteira de crédito do Itaú em 2002. Com o BBA, a carteira de crédito cresceu 32,5%, totalizando R$ 45,415 bilhões.

Contabilizando somente a carteira do Itaú, o crescimento teria sido bem menor, de aproximadamente 8%, somando R$ 37 bilhões.

O presidente do Itaú, Roberto Setubal, disse que 2002 foi marcado pelas restrições de linhas de crédito para o Brasil, devido às incertezas com relação à sucessão presidencial. Essas incertezas provocaram também fortes variações no câmbio e aumento dos juros.

Para se proteger de possíveis inadimplências, o banco promoveu um aumento de 77,57% nas provisões para créditos duvidosos entre 2001 e 2002, de R$ 1,445 bilhão para R$ 2,566 bilhões.

Apesar de 2002 ter sido um ano complicado, os bancos conseguiram ganhos expressivos. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do Itaú foi de 26,3%. Esse índice mostra quanto o banco conseguiu fazer render seu patrimônio. Já o juro alto, embora reduza a demanda por crédito, proporciona ganhos ao bancos, pois possibilita o aumento da margem financeira.

Fernando Coelho lembra também que 2001 foi um ano extraordinário para o setor financeiro, gerando uma base de comparação forte para 2002. Isso, de certa forma, também explica o fato de o resultado do ano passado ter sido menor do que em 2001.

Para 2003, Setubal disse que é difícil fazer previsões, principalmente com a possibilidade de guerra entre EUA e Iraque. Ele disse, porém, que o banco manterá sua política de aquisições, avaliando as oportunidades que gerem lucro aos acionistas minoritários. Mas descartou qualquer interesse pelo Sudameris, controlado pelo grupo italiano Intesa, que está procurando um comprador.

Quanto à base de clientes, a expectativa, segundo ele, é obter um crescimento de aproximadamente 7% no total, que atingiu 13,5 milhões ao final do ano passado, considerando todas as categorias de serviços fornecidos pelo banco.

Veja resultados de outros bancos

  • Santander Banespa - R$ 2,8 bi (+158,8%)
  • Banco do Brasil - R$ 2,028 bi (+87%)
  • Bradesco - R$ 2,022 bi (-6,9%)
  • ABN Amro Real - R$ 1,208 bi (+54%)
  • Caixa Econômica Federal - R$ 1,081 bi (prejuízo de R$ 4,687 bi em 2001)
  • Unibanco - R$ 1,010 bi (+3,9%)
  • BankBoston Brasil - R$ 582 mi (-21%);
  • Safra - R$ 464,5 mi (+16,82%)
  • Nossa Caixa - R$ 271,9 mi (-12,2%;
  • Sudameris - R$ 220 mi (+24%)
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