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12/03/2003 - 08h11

Usineiros que descumprem acordo são "malandros", diz ministro

da Folha de S.Paulo, em Araçatuba

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, chamou de "malandros" os usineiros que não cumprem acordos feitos neste ano com o governo para garantir o abastecimento de álcool combustível.

Rodrigues afirmou que, se o setor não enquadrar seus "malandros", o governo vai intervir para forçar os usineiros a cumprirem a meta de produzir 1,5 bilhão de litros a mais que na safra passada.

"Infelizmente, tem malandro no setor. Ou o setor cuida dos seus malandros ou o governo será obrigado a fazer isso, não obstante a posição deste ministro, rigorosamente contrária a qualquer forma de intervenção", disse.

O "puxão de orelhas" foi dado ontem durante encontro que reuniu cerca de 200 empresários do setor na Feicana 2003 (Feira de Negócios da Indústria Sucroalcooleira), que acontece até amanhã em Araçatuba (SP).

O ministro disse que parte dos usineiros da região centro-sul do país não praticou o preço do álcool, que havia sido estabelecido em até 60% do valor do litro da gasolina, no mês passado. A região é a maior produtora de álcool do país.

Soja transgênica

O ministro da Agricultura afirmou ainda que o Brasil vai escoar toda a produção de soja transgênica produzida nesta safra, que representa entre 8% e 12% da safra total de soja, cerca de 5 milhões de toneladas.

Segundo ele, a estratégia do governo é esperar que uma nova decisão judicial libere o plantio. "A expectativa é que as discussões se evoluam na sociedade e reflita no Congresso no decorrer deste ano e que durante este debate surja uma nova decisão judicial", disse.

Em encontro realizado pela Abag (Associação Brasileira de Agribusiness), em São Paulo, 25 associações ligadas ao agronegócio elaboraram uma carta para ser apresentada ao governo na próxima semana.

De acordo com o presidente da Abag, Carlo Lovatelli, o resultado da reunião foi consensual. Para o grupo, a competência legal sobre transgênicos deveria caber à CTNBio e a safra, ainda que ilegal, deveria ser escoada nos mercados interno e externo.
 

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