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12/03/2003
-
12h43
da Folha Online
Repetindo o movimento de ontem, o dólar, que abriu em alta, inverteu a mão e passou a cair. Os investidores começam a dar sinais de cansaço em seguir somente o noticiário externo, que se concentra nas tensões do Iraque e na possibilidade de guerra.
A moeda norte-americana recua 0,42% para R$ 3,475, menor valor desde 20 de janeiro. Enquanto isso, o risco Brasil avança 0,52% para 1.142 pontos. A abertura da Bovespa foi atrasada por problemas técnicos e ainda não ocorreu.
Analistas notaram o aumento de liquidez em dólares no mercado e o consequente aumento de vendedores, sobretudo empresas exportadoras e pequenos bancos que não querem ficar com excesso de dólares em caixa frente ao recuo da moeda. De seu pico de alta no ano, R$ 3,665, registrado em 13 de fevereiro, o dólar já desvalorizou 5,2%.
Ainda assim, o volume de negócios é baixo e a maior parte das operações é de pequeno porte, já que os investidores, ainda que ansiosos, mantêm a cautela devido à persistência da iminência de guerra.
Hoje, a Espanha, país que se aliou aos EUA e ao Reino Unido para defender uma ação militar no Iraque, afirmou que a proposta de nova resolução para atacar o país pode nem sequer ser votada pela ONU (Organização das Nações Unidas), já que França e Rússia, países com direito a veto no Conselho de Segurança, se comprometeram a derrubar a proposta.
Enquanto os países pró-guerra alegam que o Iraque possui armas de destruição em massa e constitui uma ameaça à paz mundial, os que se opõem afirmam que o país precisaria de mais tempo para mostrar que se desarmou, já que até agora a ONU não encontrou provas da existência dessas armas e o governo de Saddam Hussein tem se mostrado cooperativo ás investigações.
Ainda assim, EUA e Reino Unido mantêm um contingente superior a 300 mil pessoas na região do Golfo, que aguardam uma ordem de ataque. George W. Bush, presidente dos EUA, já afirmou que não depende da ONU para agir, mas analistas acreditam que sem o apoio internacional, os EUA podem ser obrigados a rever sua estratégia.
Especial
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Dólar vira e cai com investidores cansados de esperar por guerra
LUCIANA COELHOda Folha Online
Repetindo o movimento de ontem, o dólar, que abriu em alta, inverteu a mão e passou a cair. Os investidores começam a dar sinais de cansaço em seguir somente o noticiário externo, que se concentra nas tensões do Iraque e na possibilidade de guerra.
A moeda norte-americana recua 0,42% para R$ 3,475, menor valor desde 20 de janeiro. Enquanto isso, o risco Brasil avança 0,52% para 1.142 pontos. A abertura da Bovespa foi atrasada por problemas técnicos e ainda não ocorreu.
Analistas notaram o aumento de liquidez em dólares no mercado e o consequente aumento de vendedores, sobretudo empresas exportadoras e pequenos bancos que não querem ficar com excesso de dólares em caixa frente ao recuo da moeda. De seu pico de alta no ano, R$ 3,665, registrado em 13 de fevereiro, o dólar já desvalorizou 5,2%.
Ainda assim, o volume de negócios é baixo e a maior parte das operações é de pequeno porte, já que os investidores, ainda que ansiosos, mantêm a cautela devido à persistência da iminência de guerra.
Hoje, a Espanha, país que se aliou aos EUA e ao Reino Unido para defender uma ação militar no Iraque, afirmou que a proposta de nova resolução para atacar o país pode nem sequer ser votada pela ONU (Organização das Nações Unidas), já que França e Rússia, países com direito a veto no Conselho de Segurança, se comprometeram a derrubar a proposta.
Enquanto os países pró-guerra alegam que o Iraque possui armas de destruição em massa e constitui uma ameaça à paz mundial, os que se opõem afirmam que o país precisaria de mais tempo para mostrar que se desarmou, já que até agora a ONU não encontrou provas da existência dessas armas e o governo de Saddam Hussein tem se mostrado cooperativo ás investigações.
Ainda assim, EUA e Reino Unido mantêm um contingente superior a 300 mil pessoas na região do Golfo, que aguardam uma ordem de ataque. George W. Bush, presidente dos EUA, já afirmou que não depende da ONU para agir, mas analistas acreditam que sem o apoio internacional, os EUA podem ser obrigados a rever sua estratégia.
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