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14/03/2003
-
08h26
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Se o Brasil ficar de fora da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) não acontecerá nenhuma tragédia, segundo estudo divulgado ontem pelo professor da FGV, Renato Flôres, num seminário organizado pela CNI (Confederação Nacional das Indústria).
Flôres, com base em dados de 1997, considerados os melhores disponíveis no momento para a pesquisa, traça quatro cenários distintos com relação à participação do Brasil na Alca. Surpreendentemente, segundo ele, o país manteria o atual nível de bem estar se não assinar o acordo. O nível de bem estar é medido pelo crescimento econômico.
Ou seja, o país não cresceria nem mais nem menos se descartar o acordo que criará um área de livre comércio nas Américas. Caso o Brasil não assine o acordo da Alca, mas consiga fechar acordos comerciais com outras regiões, como Europa, haveria um crescimento adicional de 1,2%, diz o estudo.
Essas avaliações não permitem concluir que o país não deve negociar a Alca. De fato, Flôres mostra que o país pode ganhar com o acordo. Num cenário otimista, no qual os Estados Unidos abrem totalmente seus mercados, o país cresceria 1,3% a mais.
Se os norte-americanos mantivessem barreiras no setor agrícola e não mudassem suas regras de antidumping, o ganho adicional de crescimento seria de 0,9%, segundo o estudo.
A relevância do resultado do trabalho, na opinião de Flôres, é que o país não precisa encarar as negociações da Alca como uma salvação para o país. "Podemos negociar de forma mais soberana", disse o pesquisador, se referindo ao fato de que o país provavelmente não perderá nada se ficar de fora da Alca, embora, deixe de ganhar.
Segundo Flôres, o fato de o Brasil ser a economia mais competitiva da região, afora os Estados Unidos, fará com que a perda no mercado norte-americano seja muito pequena. Além disso, o que o país deixar de exportar para os norte-americanos, poderá redirecionar para outras regiões do mundo, disse ele.
Alca não é a salvação do Brasil, diz CNI
ANDRÉ SOLIANIda Folha de S.Paulo, em Brasília
Se o Brasil ficar de fora da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) não acontecerá nenhuma tragédia, segundo estudo divulgado ontem pelo professor da FGV, Renato Flôres, num seminário organizado pela CNI (Confederação Nacional das Indústria).
Flôres, com base em dados de 1997, considerados os melhores disponíveis no momento para a pesquisa, traça quatro cenários distintos com relação à participação do Brasil na Alca. Surpreendentemente, segundo ele, o país manteria o atual nível de bem estar se não assinar o acordo. O nível de bem estar é medido pelo crescimento econômico.
Ou seja, o país não cresceria nem mais nem menos se descartar o acordo que criará um área de livre comércio nas Américas. Caso o Brasil não assine o acordo da Alca, mas consiga fechar acordos comerciais com outras regiões, como Europa, haveria um crescimento adicional de 1,2%, diz o estudo.
Essas avaliações não permitem concluir que o país não deve negociar a Alca. De fato, Flôres mostra que o país pode ganhar com o acordo. Num cenário otimista, no qual os Estados Unidos abrem totalmente seus mercados, o país cresceria 1,3% a mais.
Se os norte-americanos mantivessem barreiras no setor agrícola e não mudassem suas regras de antidumping, o ganho adicional de crescimento seria de 0,9%, segundo o estudo.
A relevância do resultado do trabalho, na opinião de Flôres, é que o país não precisa encarar as negociações da Alca como uma salvação para o país. "Podemos negociar de forma mais soberana", disse o pesquisador, se referindo ao fato de que o país provavelmente não perderá nada se ficar de fora da Alca, embora, deixe de ganhar.
Segundo Flôres, o fato de o Brasil ser a economia mais competitiva da região, afora os Estados Unidos, fará com que a perda no mercado norte-americano seja muito pequena. Além disso, o que o país deixar de exportar para os norte-americanos, poderá redirecionar para outras regiões do mundo, disse ele.
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