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17/03/2003
-
09h53
da Folha Online, em Brasília
Depois de sete semanas consecutivas de alta nas previsões, os analistas e economistas do mercado financeiro reduziram a projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) 2003 de 12,52% para 12,38%. A estimativa consta do Relatório de Mercado, elaborado pelo Banco Central a partir de pesquisa semanal com as principais instituições financeiras sobre os indicadores econômicos.
A melhora nas expectativas reflete o recuo da inflação entre o final de fevereiro e início de março apontado por diversos institutos de pesquisas, como Fipe, IBGE e FGV.
A desaceleração dos preços foi influenciada pelas cinco altas sucessivas nas taxas de juros promovidas pelo Banco Central, que elevaram a Selic _a taxa básica da economia brasileira_ para 26,5% ao ano, maior patamar desde 1999.
Além disso, o recuo do dólar também influenciou na queda da inflação. Na última semana, a moeda norte-americana chegou a cair abaixo de R$ 3,40, o que não acontecia há dois meses.
Apesar da queda na projeção sobre o IPCA do ano, o mercado também passou a projetar uma ligeira alta na estimativa para o IPCA de março, que passou de 0,87% para 0,90%. Para abril, a previsão continua apontando uma inflação de 0,70%, confirmando a tendência de queda do índice. Com relação a 2004, a expectativa é de um IPCA de 8%.
Além da inflação, os analistas também reduziram a previsão para a taxa de câmbio ao final deste ano. A expectativa caiu de uma taxa de R$ 3,65 para R$ 3,61. Com relação à taxa de juros, a estimativa para o final de 2003 continua apontando para juros de 22% ao ano. Para 2004, os analistas elevaram a previsão de 17,90% para 18% ao ano.
A previsão para a relação dívida líquida do setor público/PIB (Produto Interno Bruto) também subiu. Os analistas estão estimando que a dívida ao final deste ano estará em 55,65% do PIB, contra os 55,55% do PIB projetados há uma semana.
Para o crescimento do PIB, as previsões continuam em 2% para este ano e 3% em 2004. Com relação à balança comercial, foi mantida a projeção de superávit de US$ 16 bilhões em 2003 e elevada de US$ 16 bilhões para US$ 16,15 bilhões a estimativa de superávit para 2004.
Após 7 altas seguidas, mercado volta a reduzir projeção de inflação
SANDRA MANFRINIda Folha Online, em Brasília
Depois de sete semanas consecutivas de alta nas previsões, os analistas e economistas do mercado financeiro reduziram a projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) 2003 de 12,52% para 12,38%. A estimativa consta do Relatório de Mercado, elaborado pelo Banco Central a partir de pesquisa semanal com as principais instituições financeiras sobre os indicadores econômicos.
A melhora nas expectativas reflete o recuo da inflação entre o final de fevereiro e início de março apontado por diversos institutos de pesquisas, como Fipe, IBGE e FGV.
A desaceleração dos preços foi influenciada pelas cinco altas sucessivas nas taxas de juros promovidas pelo Banco Central, que elevaram a Selic _a taxa básica da economia brasileira_ para 26,5% ao ano, maior patamar desde 1999.
Além disso, o recuo do dólar também influenciou na queda da inflação. Na última semana, a moeda norte-americana chegou a cair abaixo de R$ 3,40, o que não acontecia há dois meses.
Apesar da queda na projeção sobre o IPCA do ano, o mercado também passou a projetar uma ligeira alta na estimativa para o IPCA de março, que passou de 0,87% para 0,90%. Para abril, a previsão continua apontando uma inflação de 0,70%, confirmando a tendência de queda do índice. Com relação a 2004, a expectativa é de um IPCA de 8%.
Além da inflação, os analistas também reduziram a previsão para a taxa de câmbio ao final deste ano. A expectativa caiu de uma taxa de R$ 3,65 para R$ 3,61. Com relação à taxa de juros, a estimativa para o final de 2003 continua apontando para juros de 22% ao ano. Para 2004, os analistas elevaram a previsão de 17,90% para 18% ao ano.
A previsão para a relação dívida líquida do setor público/PIB (Produto Interno Bruto) também subiu. Os analistas estão estimando que a dívida ao final deste ano estará em 55,65% do PIB, contra os 55,55% do PIB projetados há uma semana.
Para o crescimento do PIB, as previsões continuam em 2% para este ano e 3% em 2004. Com relação à balança comercial, foi mantida a projeção de superávit de US$ 16 bilhões em 2003 e elevada de US$ 16 bilhões para US$ 16,15 bilhões a estimativa de superávit para 2004.
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