Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
24/03/2003 - 07h54

Nigéria fornece 34% das importações de petróleo do Brasil

ANTONIO GÓIS
CHICO SANTOS

da Folha de S.Paulo, no Rio

A Petrobras acompanha atentamente a crise na Nigéria. O país africano é atualmente o principal fornecedor brasileiro de óleo cru. Segundo dados da estatal, de uma média diária de 338 mil barris de petróleo que ela importou no ano passado, a Nigéria forneceu 114 mil (33,7%).

Por conta desses números, os dirigentes da área comercial da Petrobras estão ''acompanhando atentamente'' o desenrolar da crise nigeriana, mas, segundo informações da assessoria de imprensa da empresa, consideram que ''ainda não há motivo para uma preocupação maior''.

Depois da Nigéria, os maiores fornecedores brasileiros de petróleo em 2002 foram, pela ordem, a Argélia, a Arábia Saudita, o Iraque, a Argentina e a Venezuela. O Brasil importa hoje menos de 15% do petróleo que consome.

Segundo dados da estatal brasileira, a Nigéria produz por dia 1,95 milhão de barris de óleo, 7,2% da produção atual dos membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

O consultor Adriano Pires Rodrigues, diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infra-Estrutura), tem opinião semelhante à da direção da Petrobras. Ele entende que o Brasil poderá ser afetado por um possível agravamento da crise nigeriana, por ser um cliente importante daquele país. Mas pondera que ainda é cedo para qualquer estimativa sobre prováveis impactos.

De acordo com Rodrigues, uma crise isolada na Nigéria teria pouco impacto no preço internacional do petróleo. Segundo ele, no pior dos cenários, considerando também a guerra no Iraque, o preço do barril dificilmente ultrapassaria o teto de US$ 40, porque a tendência hoje é de queda.

Ele cita três razões para explicar essa tendência: as principais economias do mundo estão desaquecidas; muitos países fizeram estoque para se preparar contra os efeitos da guerra; e a Opep está trabalhando hoje com capacidade ociosa e poderia colocar, sem nenhum problema, mais 5 milhões de barris por dia no mercado.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página