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16/11/2009 - 13h00

Governo do Japão pode ampliar medidas de estímulo econômico

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da Reuters, em Tóquio

O governo do Japão deu sinais nesta segunda-feira de um acordo para um novo pacote de estímulo que pode totalizar US$ 30 bilhões, já que o crescimento econômico tende a desacelerar no ano que vem devido ao fraco gasto do consumidor e a maiores estoques.

Economistas duvidam que a quantia seja suficiente para impulsionar significativamente o crescimento, já que o governo provavelmente usará no pacote o dinheiro cortado de um orçamento compilado pela administração anterior. Além disso, a elevada dívida nacional japonesa significa que o governo não terá como gastar demais.

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O porta-voz do governo, Hirofumi Hirano, disse a jornalistas que os ministros vão discutir a política fiscal na terça-feira, mas que isso não vai levar a anúncios de um orçamento maior.

Os membros do partido democrata e os seus colegas dos partidos de coalizão concordaram em não impor limites a um estímulo extra, disse o ministro dos Bancos, Shizuka Kamei. Em contrapartida, o ministro das Finanças, Hirohisa Fujii, disse mais cedo que um orçamento maior não excederia 2,7 trilhões de ienes, informou a agência de notícias Kyodo.

"O estímulo viria do que eles cortaram de outros lugares, portanto o efeito na economia seria quase neutro", disse Satoru Ogasawara, economista da Credit Suisse em Tóquio.

O crescimento de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) do Japão no terceiro trimestre foi muito maior que a mediana das estimativas de 0,7% de crescimento e foi o maior ganho desde o primeiro trimestre de 2007. Ele se compara a uma expansão revisada de 0,7% no segundo trimestre deste ano, que foi o primeiro crescimento em cinco trimestres.

Uma pesquisa da Reuters mostra que o PIB do Japão deve crescer apenas 0,1% no primeiro trimestre de 2010 com a retirada dos pacotes de estímulo.

Dando uma dor-de-cabeça para o primeiro-ministro Yukio Hatoyama, o ministro do Comércio, Masayuki Naoshima, vazou os dados sobre o PIB antes do tempo, levantando questionamentos sobre a habilidade do governo em lidar com informações confidenciais.

O consumo privado aumentou 0,7%, melhor que o previsto de 0,5% mas pior que o aumento de 1% no trimestre anterior. A demanda doméstica contribuiu em 0,8 pontos percentuais para o crescimento, a primeira contruibuição positiva em seis trimestres.

Maior gasto de capital

Subsídios e cortes de impostos promovidos pelo governo anterior ajudaram o consumo privado, mas o ritmo do aumento foi mais lento que o trimestre anterior e a queda esperada nos bônus de fim de ano e um mercado de trabalho tranquilo significam que as pessoas vão ter menos para gastar.

"O único ponto positivo é que o gasto de capital se tornou positivo. Porém, enquanto os sinais de que os gastos de capital estão começando a sair do fundo, o tamanho ainda não é suficiente para prevenir uma desaceleração na primeira metade de 2010", disse Kyohei Morita, economista-chefe da Barclays Capital em Tóquio.

Os gastos de capital aumentaram 1,6%, o primeiro aumento em seis trimestres e maior que o crescimento de 0,1% previsto por economistas. Os estoques começaram a crescer, contribuindo 0,4 pontos percentuais para o crescimento do terceiro trimestre, a primeira contribuição positiva desde o quarto trimestre deste ano.

"As empresas têm aumentado a produção por um ano agora, e os estoques devem começar a acumular-se em direção ao final do ano e por volta do ano novo chinês", disse Yasuo Yamamoto, economista-sênior da Mizuho Research Institute em Tóquio. "Isso pode levar a uma desaceleração na produção japonesa e no crescimento japonês no período entre abril e junho de 2010."

A maioria dos economistas diz que são pequenas as chances de que a economia do Japão, que manteve sua recuperação pelo segundo trimestre, volte a uma recessão, uma vez que pacotes de estímulo de outros países devem apoiar a demanda por exportação.

Comentários dos leitores
Nivaldo Lacerda (112) 01/02/2010 17h30
Nivaldo Lacerda (112) 01/02/2010 17h30
Nao se deixem enganar pela propaganda, os EUA quebraram pois o governo nao teve controle dos especuladores, eles ficaram milionarios correndo riscos com dinheiro do imposto.
O Brasil nao teve problemas porque os bancos nao precisaram correr risco nenhum tiveram lucro usando dinheiro do governo com alto juros aprovado pelo governo, mas como os custos em geral estao crescendo muito impulsionado por propagandas suspeitas, quem pode quebrar no Brasil e a classe media pois nao terao $$ para pagar o alto custo dos servicos de crecdito brasileiro.
Portanto olho vivo nao se deixem individar por propagandas enganosas...a coisa pode quebrar, temos que ter o pe no cha.
sem opinião
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JOSE MOTTA (110) 01/02/2010 15h32
JOSE MOTTA (110) 01/02/2010 15h32
OS GRANDES SETORES, NACIONAIS OU ESTRANGEIROS), BANCOS, ESTATAIS (PETROBRAS, BANCO DO BRASIL, CAIXA ECONOMICVA FEDERSAL), AMBEV, AUTOMOTIVA, ALIMENTCIA, E MUITAS OUTROS, NESSE PÁIS MANDAM E DESMADAM, GANHAM QUANTO QUEREM. QUESTIONA-SE, SERÁ QUE UM PAIS DO PRIMEIRO MUNDO TERIAM TANTO LUCRO ASSIM SEM DAR NADA EM TROCA PARA A POPUÇÃO? E A PETROBRAS,O SOGAN "O PETROLEO É NOSSO", NOSSO DE QUEM? TEMOS UM DAS GASOLINAS MAIS CARA DO MUNDO. E O CAIXA PRETO DA PETROBRAS? VIVA O LULA. sem opinião
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Olmir Antonio de Oliveira (124) 29/01/2010 22h40
Olmir Antonio de Oliveira (124) 29/01/2010 22h40
A respeito da volta da cobrança do ipi. É por demais conhecida a alta carga trkibutária brasileira, assim como esta redução de preços, aos trabalhadores de salários baixos e buscando melhorias que possam lhes dar mais capacidade de consumo, a não repassar a volta da taxação do ipi seria uma retribuição aos beneficios recebidos, um empenho em prol de ganhos de escala. Consumidor brasileiro que paga preços altos quando comparado aos praticados em diversos países, históricamete tem sido assim. No pós estouro de manada, crise no país da maior econômia do mundo e diversos outros paises, muitas industrias tiveram boas vendas e lucros aqui, graça ao interese do consumidor brasileiro, esta hora, a da volta do ipi, seria oportuno que os industriais continuassem praticando os preços atuais, beneficiando o consumidor, e permitido que esles possam ter bons lucros em ganho de escala, dada as pespectivas, e nivel de poder econômico do consumidor. Certo é que mesmo sem majoração dos preços, mesmo assim os preços ainda estarão maiores ao praticado em muitos outros países, inclisive aos de origem de algumas industrias, lá estão tendo quedas de vendas e até enfretam falta de rentabilidade...... 2 opiniões
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