Bancos poderão manter limite de captação de poupança em fusões

O CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou nesta quinta-feira mudanças nas regras de captação de recursos da poupança por bancos que incorporarem outras instituições.

Atualmente, um banco que tradicionalmente capta recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), que são destinados para linhas de financiamento habitacional, só pode pegar 10% do total de seus depósitos em recursos de poupança rural, e vice-versa.

Pela resolução aprovada hoje, o CMN permite que um banco que incorpore outro exclua a carteira de depósitos da instituição financeira comprada do limite de 10% por até 80 meses. Isso será válido, por exemplo, na compra da Nossa Caixa, que capta recursos do SBPE, pelo Banco do Brasil, que toma recursos da poupança rural.

Na reunião de hoje, o CMN aprovou ainda a ampliação do prazo de carência de linha de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para bens de capital e embarcações de apoio para o setor portuário, de petróleo e gás, energia elétrica, transporte metroviário, transporte ferroviário e marítimo de carga. Para esses setores --que terão acesso a uma linha de R$ 12 bilhões subsidiada pelo governo-- a carência passa de até 24 meses para até 36 meses.

De acordo com o Tesouro Nacional, isso ocorre porque, em muitos casos, o prazo de produção dos equipamentos era maior do que os dois anos estipulados anteriormente, e o industrial acabava tendo que pagar o financiamento antes de receber o produto.