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16/04/2003 - 22h01

Proposta de abono divide operários no Vale do Paraíba

MARIA TERESA MORAES
da Folha de S.Paulo, em São José dos Campos

Uma proposta do Sinfavea (Sindicato dos Fabricantes de Veículos Automotores) de pagamento de um abono de 10,39% sobre os salários dividiu as duas maiores montadoras do Vale do Paraíba _os trabalhadores da General Motors, de São José dos Campos, rejeitaram a proposta, enquanto os operários da Volkswagen, de Taubaté, fecharam o acordo.

A entidade que representa as montadoras sugeriu o pagamento do abono, sem incorporá-lo aos salários, no lugar do reajuste salarial de 10%, principal item da pauta da campanha de emergência desencadeada pelos metalúrgicos.

Desde março, os sindicatos de metalúrgicos de São Paulo estão negociando a reposição de perdas salariais causadas pela inflação acumulada entre novembro de 2002 _mês da data-base da categoria_ e fevereiro deste ano.

Além do reajuste, o sindicato de São José quer a implantação de um gatilho salarial sempre que a inflação alcançar 3% e a redução da jornada de trabalho de 40 horas para 36 horas semanais, sem cortes no salários.

Na GM, além de recusar a proposta, os trabalhadores ameaçam retomar, por tempo indeterminado, a greve que paralisou totalmente anteontem a produção da fábrica de São José dos Campos. A montadora e o sindicato da categoria voltam a negociar hoje em busca de um acordo.

A proposta do Sinfavea foi feita na tentativa de evitar que outras greves sejam deflagradas. A paralisação da GM de São José dos Campos foi a primeira em uma montadora liderada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, os 6.500 trabalhadores da Volkswagen aprovaram ontem, em assembléia, receber o abono, que não será incorporado ao salário dos funcionários e não incidirá sobre o pagamento de 13º, férias e FGTS.

Renault

A produção de carros da Renault de São José dos Pinhais (PR) foi interrompida por três horas hoje, em consequência de uma paralisação de funcionários. Os trabalhadores querem um reajuste de 14,61%, para repor perdas dos últimos seis meses. A Renault propôs um abono de R$ 360, parcelado em três vezes.
 

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