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24/04/2003 - 09h21

Volvo é 3ª montadora a entrar em greve em dois dias

TIAGO ORNAGHI
da Agência Folha

Os funcionários da Volvo do Brasil, em Curitiba, entraram em greve ontem por tempo indeterminado. Cerca de 1.600 metalúrgicos estão parados.

A Volvo é terceira montadora a entrar em greve no país nos últimos dois dias. A Renault, de São José dos Pinhais (PR), e a General Motors, de São José dos Campos (SP), também estão paradas desde anteontem. O motivo da greves é o mesmo: reajuste salarial.

Segundo a assessoria da Volvo do Brasil, hoje a empresa entrará na Justiça solicitando o dissídio coletivo dos funcionários.

A Volvo ofereceu um abono de R$ 500 para todos os funcionários a serem pagos em duas parcelas. A proposta foi rejeitada.

Na manhã de ontem, uma nova paralisação foi organizada pelos funcionários. Desta vez, a empresa ofereceu um abono de R$ 600 para quem ganha até R$ 3.000 e R$ 400 para aqueles que mais.

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba reivindica um reajuste de 14,61% nos salários, referente ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado de setembro de 2002 a março de 2003.

Com a rejeição também dessa segunda proposta da empresa, o sindicato determinou a entrada dos trabalhadores em greve por tempo indeterminado.

Na Renault, que tem sede em São José dos Pinhais, 2.500 trabalhadores estão parados desde anteontem. Os funcionários da montadora francesa reivindicam a mesma reposição salarial pedida pelos trabalhadores da Volvo.

A Renault divulgou ontem nota repudiando a paralisação dos seus funcionários. "A Renault do Brasil lamenta a forma como este movimento vem sendo conduzido"', diz a nota. A empresa ofereceu abono de R$ 360 a serem pagos em três vezes.

Ontem, em assembléia com 2.500 pessoas, os funcionários da Volkswagen/Audi, também na Grande Curitiba, decidiram não entrar em greve, mas vão encaminhar à empresa a reivindicação de pagamento de abono de R$ 500 em parcela única ou R$ 550 em duas vezes. A proposta da empresa é de abono de R$ 500 em cinco vezes. Os funcionários da Volkswagen/Audi têm um acordo com a empresa de repasse integral do INPC em setembro.

Já os 10,5 mil funcionários da GM querem reajuste salarial de 10,39%, redução da jornada de trabalho de 40 para 36 horas semanais e fixação de um gatilho salarial toda vez que a inflação ultrapassar 3%.

A GM, que havia oferecido anteontem um abono de 36% sobre os salários, aumentou ontem sua oferta para 56%, mas a proposta, novamente, não foi aceita pelo sindicato da categoria.

Os 3.600 operários da Johnson & Johnson, em São José dos Campos, aprovaram ontem estado de greve. Eles querem um reajuste salarial extraordinário de 12% como forma de compensar perdas inflacionárias.
 

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