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24/04/2003
-
12h50
da Folha Online
O processo de fusão entre Varig e a TAM _que havia sofrido um retrocesso_ começa a dar sinais de avanço. Pelo menos é essa a opinião do conselheiro administrativo da FRB-Par (Fundação Ruben Berta) _holding que controla o grupo Varig_, Gilmar Carneiro.
O novo conselheiro _que assumiu o posto na semana passada_ tem bom trânsito dentro do governo federal. Além de integrar o conselho do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carneiro é um dos fundadores do PT e da CUT.
Segundo ele, o diálogo entre a FRB-Par e os interlocutores do governo no processo de fusão com a TAM 'está evoluindo''.
"O namoro entre as duas partes está evoluindo. Se chegar no patamar que consideramos adequado, pode até virar casamento", disse ele para a Folha Online por telefone.
Para haver casamento, Carneiro reivindica que o Banco Fator _responsável pela elaboração do modelo de fusão_ forneça mais detalhes sobre a operação.
"Não podemos dar prosseguimento a um namoro sem conhecermos todos os detalhes da noiva. Precisamos saber qual será a participação da Varig na nova companhia que será criada e conhecer os números da TAM", disse Carneiro.
Segundo ele, sem essas informações a FRB-Par não poderá assinar o acordo de fusão com a TAM.
"Queremos saber se é união de operações ou a incorporação da Varig pela TAM. Pois se for esta última alternativa, além de perdermos participação acionária, a Varig ainda corre o risco de ser dissolvida", afirmou Carneiro.
O conselheiro espera que as informações consideradas pendentes sejam entregues pelo Fator até a próxima semana, quando os controladores da FRB-Par voltam a se reunir para dar a palavra final sobre a continuidade do processo de fusão com a TAM.
Desencontros
Enquanto Carneiro tenta chegar a um acordo com o Fator que permita dar continuidade ao processo de fusão com a TAM, o presidente do conselho administrativo, Gilberto Rigoni, tenta uma outra saída para o saneamento financeiro da Varig, que acumula dívidas superiores a US$ 1 bilhão.
Rigoni viajou para Portugal onde está negociando com integrantes de um banco alemão uma proposta para securitizar a dívida da Varig. Pela proposta, o banco assumiria parte ou a totalidade das dívidas e se transformaria em credor da Varig.
A Folha Online apurou que Rigoni pretende retornar amanhã à noite ao Brasil com uma carta de intenção deste banco alemão se comprometendo em assumir as dívidas da Varig, o que evitaria a fusão com a TAM.
A falta de consenso entre Carneiro e Rigoni _que fazem parte do mesmo grupo_ são acentuadas pelo grupo dissidente do colégio deliberante da FRB-Par, que se reúne hoje no Rio.
O objetivo do grupo de oposição é aprovar o requerimento para a realização de uma assembléia extraordinária para destituir o atual conselho curador da FRB-Par, presidida por Yutaka Imagawa.
Rigoni também deve cair junto com Imagawa, já que o novo conselho curador indicaria a presidência da FRB-Par.
O grupo dissidente quer acelerar o processo de fusão com a TAM e entende que Imagawa estaria colocando obstáculos para a realização da operação.
Leia mais
Varig busca investir em alemão para evitar fusão
Namoro entre Varig e TAM pode virar casamento, diz Carneiro
FABIANA FUTEMAda Folha Online
O processo de fusão entre Varig e a TAM _que havia sofrido um retrocesso_ começa a dar sinais de avanço. Pelo menos é essa a opinião do conselheiro administrativo da FRB-Par (Fundação Ruben Berta) _holding que controla o grupo Varig_, Gilmar Carneiro.
O novo conselheiro _que assumiu o posto na semana passada_ tem bom trânsito dentro do governo federal. Além de integrar o conselho do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carneiro é um dos fundadores do PT e da CUT.
Segundo ele, o diálogo entre a FRB-Par e os interlocutores do governo no processo de fusão com a TAM 'está evoluindo''.
"O namoro entre as duas partes está evoluindo. Se chegar no patamar que consideramos adequado, pode até virar casamento", disse ele para a Folha Online por telefone.
Para haver casamento, Carneiro reivindica que o Banco Fator _responsável pela elaboração do modelo de fusão_ forneça mais detalhes sobre a operação.
"Não podemos dar prosseguimento a um namoro sem conhecermos todos os detalhes da noiva. Precisamos saber qual será a participação da Varig na nova companhia que será criada e conhecer os números da TAM", disse Carneiro.
Segundo ele, sem essas informações a FRB-Par não poderá assinar o acordo de fusão com a TAM.
"Queremos saber se é união de operações ou a incorporação da Varig pela TAM. Pois se for esta última alternativa, além de perdermos participação acionária, a Varig ainda corre o risco de ser dissolvida", afirmou Carneiro.
O conselheiro espera que as informações consideradas pendentes sejam entregues pelo Fator até a próxima semana, quando os controladores da FRB-Par voltam a se reunir para dar a palavra final sobre a continuidade do processo de fusão com a TAM.
Desencontros
Enquanto Carneiro tenta chegar a um acordo com o Fator que permita dar continuidade ao processo de fusão com a TAM, o presidente do conselho administrativo, Gilberto Rigoni, tenta uma outra saída para o saneamento financeiro da Varig, que acumula dívidas superiores a US$ 1 bilhão.
Rigoni viajou para Portugal onde está negociando com integrantes de um banco alemão uma proposta para securitizar a dívida da Varig. Pela proposta, o banco assumiria parte ou a totalidade das dívidas e se transformaria em credor da Varig.
A Folha Online apurou que Rigoni pretende retornar amanhã à noite ao Brasil com uma carta de intenção deste banco alemão se comprometendo em assumir as dívidas da Varig, o que evitaria a fusão com a TAM.
A falta de consenso entre Carneiro e Rigoni _que fazem parte do mesmo grupo_ são acentuadas pelo grupo dissidente do colégio deliberante da FRB-Par, que se reúne hoje no Rio.
O objetivo do grupo de oposição é aprovar o requerimento para a realização de uma assembléia extraordinária para destituir o atual conselho curador da FRB-Par, presidida por Yutaka Imagawa.
Rigoni também deve cair junto com Imagawa, já que o novo conselho curador indicaria a presidência da FRB-Par.
O grupo dissidente quer acelerar o processo de fusão com a TAM e entende que Imagawa estaria colocando obstáculos para a realização da operação.
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