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29/04/2003
-
17h39
da Folha Online, no Rio
A entrada da safra agrícola, a queda nas cotações do dólar e do barril de petróleo ajudaram a inflação, medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), a ficar menor em abril. O índice passou de 1,53% para 0,92% entre março e abril. Foi a menor taxa desde maio do ano passado, quando ficou em 0,83%.
Entretanto, a desaceleração deveu-se apenas aos preços no atacado, que passaram de uma alta de 1,72% no mês passado para 0,80% em abril.
Para o consumidor, a inflação resiste e chegou a acelerar neste mês. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) atingiu 1,28% ante variação de 1,10% no mês anterior.
O orçamento do brasileiro ainda sofre com os efeitos retardados da alta do dólar ocorrida entre o último trimestre do ano passado e fevereiro deste ano, ainda como um repasse de preços vindos do atacado.
Os alimentos continuam a pressionar a inflação do varejo. Subiram 1,97% ante variação de 1,93% no mês anterior e foram os que mais pesaram na subida do varejo. O tomate foi o maior vilão_ aumentou 40,02%. Entre os destaques de alta estão energia elétrica (1,41%), ônibus urbano (1,51%), taxa de água e esgoto residencial (2,95%) e gás de bujão (3,35%).
Outro grupo que exerceu pressão de alta nos preços foi o de medicamentos, cuja alta chegou a 6,08%. O aumento dos remédios ainda é reflexo do reajuste de 8,67% concedido pelo governo em fevereiro.
No IPA (Índice de Preços no Atacado), a entrada da safra, especialmente da soja, aliada com a redução_ ainda que branda_ da taxa de câmbio no período, ajudaram a conter a subida de preços. O IPA é bastante sensível às oscilações cambiais pois é formado por commmodities ou por seus derivados, em sua maioria. Além disso, o preço em queda do barril do barril de petróleo no mercado internacional evitou que os combustíveis tivessem maiores altas neste mês.
O IGP-M é calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) com base em preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. IPA, IPC e INCC têm pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente, na formação do IGP-M.
IGP-M recua para 0,92% em abril, mas preços sobem para o consumidor
ANA PAULA GRABOISda Folha Online, no Rio
A entrada da safra agrícola, a queda nas cotações do dólar e do barril de petróleo ajudaram a inflação, medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), a ficar menor em abril. O índice passou de 1,53% para 0,92% entre março e abril. Foi a menor taxa desde maio do ano passado, quando ficou em 0,83%.
Entretanto, a desaceleração deveu-se apenas aos preços no atacado, que passaram de uma alta de 1,72% no mês passado para 0,80% em abril.
Para o consumidor, a inflação resiste e chegou a acelerar neste mês. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) atingiu 1,28% ante variação de 1,10% no mês anterior.
O orçamento do brasileiro ainda sofre com os efeitos retardados da alta do dólar ocorrida entre o último trimestre do ano passado e fevereiro deste ano, ainda como um repasse de preços vindos do atacado.
Os alimentos continuam a pressionar a inflação do varejo. Subiram 1,97% ante variação de 1,93% no mês anterior e foram os que mais pesaram na subida do varejo. O tomate foi o maior vilão_ aumentou 40,02%. Entre os destaques de alta estão energia elétrica (1,41%), ônibus urbano (1,51%), taxa de água e esgoto residencial (2,95%) e gás de bujão (3,35%).
Outro grupo que exerceu pressão de alta nos preços foi o de medicamentos, cuja alta chegou a 6,08%. O aumento dos remédios ainda é reflexo do reajuste de 8,67% concedido pelo governo em fevereiro.
No IPA (Índice de Preços no Atacado), a entrada da safra, especialmente da soja, aliada com a redução_ ainda que branda_ da taxa de câmbio no período, ajudaram a conter a subida de preços. O IPA é bastante sensível às oscilações cambiais pois é formado por commmodities ou por seus derivados, em sua maioria. Além disso, o preço em queda do barril do barril de petróleo no mercado internacional evitou que os combustíveis tivessem maiores altas neste mês.
O IGP-M é calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) com base em preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. IPA, IPC e INCC têm pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente, na formação do IGP-M.
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