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01/05/2003
-
16h47
JOÃO SANDRINI
da Folha Online
Manifestações favoráveis e contrárias às propostas de reformas constitucionais enviadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso deram o tom na festa deste ano do 1º de Maio no país.
A Força Sindical, historicamente sintonizada com a atual oposição ao governo, defendeu as reformas da Previdência e tributária como forma de promover o avanço do país. O grito "reformas sim, privilégio não" foi repetido várias vezes por representantes de sindicatos ligados à Força, que reuniu hoje cerca de 1 milhão de pessoas na praça Campo de Bagatelle (zona norte de São Paulo).
Já a CUT, cujos integrantes são na maioria membros do PT, mostrou divisão em relação às mudanças mais polêmicas previstas na reforma, em especial a contribuição dos inativos.
Cerca de 7% dos integrantes da CUT, ligados à esquerda do movimento sindical, ameaçam formar uma nova central se o presidente João Felício não assumir uma postura mais crítica em relação ao governo e na defesa do trabalhador.
Felício, por sua vez, negou que haja um racha na central.
"Há 20 anos ouço falar que a CUT está rachada e isso nunca aconteceu. O que há são divergências em relação às reformas e outros projetos, o que é natural numa democracia", disse Felício.
A disputa dentro da CUT se acirrou nos últimos dias, quando os metalúrgicos de São José dos Campos (ligados ao PSTU) paralisaram as atividades na GM (General Motors) para pedir reposição e gatilho salarial.
Paulinho e Brizola
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse em seu discurso que vai apoiar todas as reformas "que melhorem a vida do aposentado e diminuam os impostos". Mas, segundo ele, haverá protesto e até greve se essas reformas tiverem como objetivo tirar direitos dos trabalhadores.
O presidente de honra do PDT, Leonel Brizola, também afirmou que não é possível permitir a taxação dos inativos, mas que seu partido ainda irá analisar os textos das reformas tributária e previdenciária enviados ao Congresso ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, afirmou que também quer a reforma da Previdência e defendeu um teto de dez salários mínimos para os aposentados, o mesmo proposto pelo governo federal.
Também participou da festa da Força, o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano, que defendeu a aprovação das reformas e disse que "o Brasil irá decolar" se elas forem implementadas rapidamente.
Vários artistas se apresentaram nesta manhã na festa da praça Campo de Bagatelle, entre eles o cantor Daniel e a cantora Fafá de Belém, e outros shows ainda serão apresentados. Apesar do sol forte, muitas pessoas estão próximas do palco. Bombeiros jogam água para refrescar o público.
Força defende reformas e CUT mostra divisão sobre propostas no 1º de Maio
EDUARDO CUCOLOJOÃO SANDRINI
da Folha Online
Manifestações favoráveis e contrárias às propostas de reformas constitucionais enviadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso deram o tom na festa deste ano do 1º de Maio no país.
A Força Sindical, historicamente sintonizada com a atual oposição ao governo, defendeu as reformas da Previdência e tributária como forma de promover o avanço do país. O grito "reformas sim, privilégio não" foi repetido várias vezes por representantes de sindicatos ligados à Força, que reuniu hoje cerca de 1 milhão de pessoas na praça Campo de Bagatelle (zona norte de São Paulo).
Já a CUT, cujos integrantes são na maioria membros do PT, mostrou divisão em relação às mudanças mais polêmicas previstas na reforma, em especial a contribuição dos inativos.
Cerca de 7% dos integrantes da CUT, ligados à esquerda do movimento sindical, ameaçam formar uma nova central se o presidente João Felício não assumir uma postura mais crítica em relação ao governo e na defesa do trabalhador.
Felício, por sua vez, negou que haja um racha na central.
"Há 20 anos ouço falar que a CUT está rachada e isso nunca aconteceu. O que há são divergências em relação às reformas e outros projetos, o que é natural numa democracia", disse Felício.
A disputa dentro da CUT se acirrou nos últimos dias, quando os metalúrgicos de São José dos Campos (ligados ao PSTU) paralisaram as atividades na GM (General Motors) para pedir reposição e gatilho salarial.
Paulinho e Brizola
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse em seu discurso que vai apoiar todas as reformas "que melhorem a vida do aposentado e diminuam os impostos". Mas, segundo ele, haverá protesto e até greve se essas reformas tiverem como objetivo tirar direitos dos trabalhadores.
O presidente de honra do PDT, Leonel Brizola, também afirmou que não é possível permitir a taxação dos inativos, mas que seu partido ainda irá analisar os textos das reformas tributária e previdenciária enviados ao Congresso ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, afirmou que também quer a reforma da Previdência e defendeu um teto de dez salários mínimos para os aposentados, o mesmo proposto pelo governo federal.
Também participou da festa da Força, o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano, que defendeu a aprovação das reformas e disse que "o Brasil irá decolar" se elas forem implementadas rapidamente.
Vários artistas se apresentaram nesta manhã na festa da praça Campo de Bagatelle, entre eles o cantor Daniel e a cantora Fafá de Belém, e outros shows ainda serão apresentados. Apesar do sol forte, muitas pessoas estão próximas do palco. Bombeiros jogam água para refrescar o público.
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