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10/05/2003
-
07h21
Dois diretores do Banco Central deram sinais claros ontem de que a taxa de juros básica não deve ser reduzida na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) marcada para os próximos dias 20 e 21. O temor manifestados pelos dois é o mesmo: o movimento errático da inflação.
Investidores que tiveram um encontro com o diretor de Política Monetária do BC, Luiz Augusto Candiota, saíram com a nítida sensação de que o Copom vai manter a taxa Selic no mesmo valor de 26,5% ao ano.
No Rio de Janeiro, as declarações feitas pelo diretor de Política Econômica do BC, Ilan Goldfajn, durante almoço-palestra, seguido de entrevista, para executivos financeiros permitem concluir ser quase impossível que os juros caiam agora.
De acordo com Goldfajn, o indicador fundamental para que se possa considerar que a situação macroeconômica está sob controle é a taxa de inflação. Ele disse que a taxa vem caindo, mas não na velocidade desejada.
"Enquanto não conseguirmos fazer com que a inflação volte a patamares menores o ajuste não será completo", afirmou.
Goldfajn disse que o BC encara "com muita seriedade" as metas oficiais de inflação para este e para o próximo ano, mas ressaltou que, na avaliação do governo, só no final de 2004 o país estará totalmente recuperado da crise cambial do ano passado.
Segundo ele, se o Brasil fosse um país rico e estável, poderia simplesmente dizer para o mercado: "Nos procurem daqui a dois anos".
Como não é o caso, o país precisa, disse, mostrar mês a mês que está trabalhando na direção de retomar o controle do processo inflacionário.
"Não adianta ter um crescimento que não vai se sustentar só para satisfazer ansiedades", disse Goldfajn, respondendo a uma pergunta sobre a redução da demanda detectada pela queda da produção industrial.
Durante a análise do ajuste sofrido pela economia brasileira no ano passado e sobre as perspectivas para este ano, Goldfajn estimou que o saldo da balança comercial poderá chegar a US$ 17,5 bilhões, superando a estimativa oficial de US$ 16 bilhões.
Admitiu, porém, que os investimentos estrangeiros diretos poderão ser menores que os US$ 13 bilhões esperados, ficando entre US$ 11 bilhões e US$ 12 bilhões.
Juro não deve cair, sinalizam diretores do BC
da Folha de S.Paulo, no RioDois diretores do Banco Central deram sinais claros ontem de que a taxa de juros básica não deve ser reduzida na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) marcada para os próximos dias 20 e 21. O temor manifestados pelos dois é o mesmo: o movimento errático da inflação.
Investidores que tiveram um encontro com o diretor de Política Monetária do BC, Luiz Augusto Candiota, saíram com a nítida sensação de que o Copom vai manter a taxa Selic no mesmo valor de 26,5% ao ano.
No Rio de Janeiro, as declarações feitas pelo diretor de Política Econômica do BC, Ilan Goldfajn, durante almoço-palestra, seguido de entrevista, para executivos financeiros permitem concluir ser quase impossível que os juros caiam agora.
De acordo com Goldfajn, o indicador fundamental para que se possa considerar que a situação macroeconômica está sob controle é a taxa de inflação. Ele disse que a taxa vem caindo, mas não na velocidade desejada.
"Enquanto não conseguirmos fazer com que a inflação volte a patamares menores o ajuste não será completo", afirmou.
Goldfajn disse que o BC encara "com muita seriedade" as metas oficiais de inflação para este e para o próximo ano, mas ressaltou que, na avaliação do governo, só no final de 2004 o país estará totalmente recuperado da crise cambial do ano passado.
Segundo ele, se o Brasil fosse um país rico e estável, poderia simplesmente dizer para o mercado: "Nos procurem daqui a dois anos".
Como não é o caso, o país precisa, disse, mostrar mês a mês que está trabalhando na direção de retomar o controle do processo inflacionário.
"Não adianta ter um crescimento que não vai se sustentar só para satisfazer ansiedades", disse Goldfajn, respondendo a uma pergunta sobre a redução da demanda detectada pela queda da produção industrial.
Durante a análise do ajuste sofrido pela economia brasileira no ano passado e sobre as perspectivas para este ano, Goldfajn estimou que o saldo da balança comercial poderá chegar a US$ 17,5 bilhões, superando a estimativa oficial de US$ 16 bilhões.
Admitiu, porém, que os investimentos estrangeiros diretos poderão ser menores que os US$ 13 bilhões esperados, ficando entre US$ 11 bilhões e US$ 12 bilhões.
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