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23/12/2009 - 19h49

Petrobras pretende comprar até três usinas de etanol em 2010

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da Reuters

A Petrobras vai manter sua meta de produção de etanol na revisão do plano estratégico para o período 2010-2014, que está sendo elaborado e tem previsão de divulgação em janeiro, e pretende adquirir mais duas ou três participações em usinas no ano que vem.

Em 2010, a empresa garante a entrega ao mercado de 747 milhões de litros do combustível, afirmou Ricardo Castello Branco, diretor de etanol da Petrobras Biocombustíveis, braço de biocombustíveis da Petrobras.

Em 2011 a previsão é que a produção atinja 1,392 bilhão de litros e, em 2012, 2,319 bilhões.

Segundo ele, em 2010 serão anunciadas mais duas ou três aquisições de participações em usinas prontas para produzir do mesmo porte da aquisição divulgada na quarta-feira, uma usina em Minas Gerais de 100 milhões de litros que inicia a escalada rumo à meta de produzir 3,9 bilhões de litros em 2013.

O mercado japonês ainda é um dos focos, confirma o diretor, mas a China entrou definitivamente na lista de possível mercado para o etanol brasileiro, após reduzir a taxa de importação do produto e a Petrochina assinar com a estatal memorando de entendimentos para produção no Brasil e exportação para o gigante asiático.

"A gente olha para o mundo todo, a China em si é um tremendo mercado em potencial, mas o Japão continua sendo um objetivo", disse Castello Branco, lembrando que a Petrobras está presente no Japão com uma refinaria e um posto de abastecimento que mistura 3% de álcool à gasolina.

Ele destacou ainda a demora para que o governo japonês torne obrigatória a mistura, expectativa que iniciou o plano de etanol da Petrobras anos atrás.

Ele se disse confiante também com a perspectiva de venda ao mercado norte-americano, que tem ambiciosos planos de aumentar a produção de etanol até 2022.

"Tem uma aposta no etanol de segunda geração lá, mas os fatos estão mostrando que não deve acontecer tão cedo de forma econômica. Se os EUA mantiverem a meta numérica, vai abrir uma tremenda janela de exportação para o etanol brasileiro, e a Petrobras estará lá", afirmou.

Além do uso como combustível em veículos, a Petrobras aposta no sucesso da utilização do etanol em usinas térmicas, o que abriria um grande mercado não só no Japão como em outros lugares. Um teste sobre a possibilidade de uso de etanol estava previsto para o dia 21, mas o diretor nem ninguém na empresa soube informar imediatamente se foi realizado.

Novo modelo

Uma primeira tentativa da Petrobras de entrar na produção de etanol acabou frustrada, com o cancelamento sem explicações de um projeto piloto em Goiás, Itarumã.

Itarumã seguia o modelo implantado então pelo diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, que previa dois parceiros para a estatal --um estrangeiro importador e um produtor brasileiro.

Com a criação da Petrobras Biocombustíveis, o negócio de etanol passou então para a nova empresa, que decidiu comprar também usinas em operação ou projetos novos prestes a começar a produzir.

"Nós abrimos nosso leque para comprar participações em projetos existentes, como o projeto da Total", explicou.

Na quarta-feira, a empresa anunciou a compra de 40,4% de uma usina da Total Agroindústria Canavieira, por R$ 150 milhões, com produção de 100 milhões de litros que serão duplicados até 2014.

"Ao longo de 2010 vamos anunciar alguns negócios 'greenfield', como o da Total, e em empresas de maior porte que detenham capacidade de moagem maior, uma capacidade de produção de etanol maior, ou um grupo com várias usinas", disse, sem querer dar detalhes.

Apesar de representar muito pouco no universo atual de produção do Brasil --cerca de 26 bilhões de litros este ano-- a nova planta de etanol da Petrobras em Minas Gerais é um sinal para o mercado que a estatal está levando adiante o plano de crescimento no setor.

"Nós temos um número razoável de negócios em análise, esse (Total) foi o primeiro a maturar e a chegar a uma posição que nos permitiu assinar a entrada na sociedade. Temos vários em análise com acordo de confidencialidade", explicou.

A preferência da Petrobras é por usinas totalmente voltadas para o etanol, observou Castello Branco, lembrando no entanto que todas as oportunidades serão examinadas, inclusive as integradas com produção de açúcar.

 

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