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15/05/2003 - 11h57

PIB da Alemanha, Itália e Holanda recua no trimestre

DENYSE GODOY
da Folha Online

O temor de recessão, que assusta a Europa há alguns meses, começa a se transformar em realidade. A Alemanha --economia mais importante da região-- registrou diminuição do seu PIB (Produto Interno Bruto) pelo segundo trimestre seguido, desta vez de 0,2%, o que permite classificá-la na lista dos países em estagnação. Já o PIB da Itália caiu 0,1% e o da Holanda recuou 0,3%.

O PIB da União Européia (Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal, Reino Unido e Suécia) ficou estável no período, e o dos países da zona do euro --que é a UE menos Inglaterra, Suécia e Dinamarca- cresceu 0,8%.

A possibilidade de recessão cada vez mais próxima faz aumentarem as pressões para que o BCE (Banco Central Europeu) diminua sua taxa básica de juros, que está atualmente em 2,5% ao ano --o menorvalor em três anos e meio.

São três os principais motivos para a retração: o aumento do desemprego, a queda das exportações e a valorização do euro em relação ao dólar.

O desemprego atingiu em março seu nível mais alto em mais de três anos. Grandes empresas, como a Fiat, a Alcatel e a Siemens estão reduzindo postos de trabalho para tentar contornar a crise e voltar a dar lucros. Seus resultados, porém, são prejudicados pelo euro valorizado.

Além disso, a onda de demissões provoca o desaquecimento do mercado consumidor, o qual também foi afetado pela queda na confiança das pessoas com a guerra ao Iraque. Esse mesmo desânimo, somado à baixa do dólar, prejudicam as exportações. O comitê de política monetária diz não estar preocupado com a apreciação do euro, entretanto.

Perspectivas

As previsões da UE são de que haja um começo de recuperação a partir do final do ano. Ou seja, os próximos dois trimestres ainda serão difíceis, com crescimento entre 0 e 0,4% do PIB.

A Comissão Européia, em 8 de abril, disse esperar crescimento de 1% para o ano de 2003 e agora afirma que ainda não há motivos para alterar essa perspectiva. Isso indica que o BCE não está considerando a hipótese de diminuir os juros, apesar da pressão das empresas e até dos políticos, que estão mais pessimistas quanto ao futuro da região.
 

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