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15/05/2003
-
14h59
da Folha Online
O número de cheques devolvidos em março e abril deste ano foi o maior desde 1991, de acordo com a Serasa. Em abril, de cada mil cheques compensados pelo Banco Central, 16,2 foram devolvidos por falta de fundos.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o volume de cheques sem fundo aumentou 11,7%.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2003, a média é de 15,4 cheques devolvidos por mil compensados. Em relação aos primeiros meses de 2002, a alta foi de 4,7%.
Segundo a Serasa o aumento da inadimplência foi provocada pela falta de rigidez do próprio comércio. Para tentar melhorar as vendas, os lojistas passaram a aceitar cheques pré-datados por um prazo mais longo, superior a três parcelas.
A instituição diz que a alta da inadimplência se concentra no primeiro trimestre, com pico em março, por causa das vendas a prazo no Natal.
Os juros altos, a queda de renda dos consumidores e o aumento do desemprego também contribuíram para a devolução de cheques, diz a Serasa.
A crise no consumo não tem se manifestado apenas pelo grande número de cheques devolvidos. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou ontem que as vendas do comércio brasileiro tiveram queda de 11,31% em março, a maior queda desde que a pesquisa começou a ser feita, em janeiro de 2001.
Com a população sem dinheiro, a Serasa estima que a inadimplência e o índice de cheques devolvidos devam continuar elevados em maio.
Número de cheques sem fundos bate recorde histórico
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃOda Folha Online
O número de cheques devolvidos em março e abril deste ano foi o maior desde 1991, de acordo com a Serasa. Em abril, de cada mil cheques compensados pelo Banco Central, 16,2 foram devolvidos por falta de fundos.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o volume de cheques sem fundo aumentou 11,7%.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2003, a média é de 15,4 cheques devolvidos por mil compensados. Em relação aos primeiros meses de 2002, a alta foi de 4,7%.
Segundo a Serasa o aumento da inadimplência foi provocada pela falta de rigidez do próprio comércio. Para tentar melhorar as vendas, os lojistas passaram a aceitar cheques pré-datados por um prazo mais longo, superior a três parcelas.
A instituição diz que a alta da inadimplência se concentra no primeiro trimestre, com pico em março, por causa das vendas a prazo no Natal.
Os juros altos, a queda de renda dos consumidores e o aumento do desemprego também contribuíram para a devolução de cheques, diz a Serasa.
A crise no consumo não tem se manifestado apenas pelo grande número de cheques devolvidos. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou ontem que as vendas do comércio brasileiro tiveram queda de 11,31% em março, a maior queda desde que a pesquisa começou a ser feita, em janeiro de 2001.
Com a população sem dinheiro, a Serasa estima que a inadimplência e o índice de cheques devolvidos devam continuar elevados em maio.
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