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22/05/2003 - 11h02

Goldfajn e Meirelles negam pressão por demissão no BC

FELIPE FREIRE
da Folha Online, em Brasília

O diretor demissionário de Política Econômica do Banco Central, Ilan Goldfajn, negou hoje que seu pedido de demissão esteja relacionado às críticas de integrantes do governo à política de juros da instituição.

"Esses ruídos não tem nada a ver com a minha saída", disse Ilan.

Ele justificou a decisão co motivos pessoais. Apesar disso, a saída do diretor aconteceu um dia depois do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) ter decidido manter a taxa de juros em 26,5% ao ano.

"Espero que vocês não concluam que a minha saída tem a ver com questões momentâneas", afirmou.

De acordo com Ilan, a demissão havia sido combinada ainda na época em que o presidente do BC, Henrique Meirelles, foi indicado para assumir a instituição, no final do ano passado. Porém, para um período de transição, ficou acertado que o diretor permaneceria no BC por mais seis meses.

Meirelles admitiu que a saída do diretor um dia após a decisão do Copom e em meio às críticas à competência do BC poderia gerar especulações.

"Gostaria de deixar claro que pensamos na hipótese de mudar o cronograma para evitar especulações. Mas cumprimos nosso cronograma à risca", disse. "Essa é uma decisão tranquila", afirmou.

Com a saída de Ilan, prevista para o início de julho, assumirá a diretoria Afonso Bevilaqua. O novo diretor foi economista do FMI (Fundo Monetário Internacional) e nos últimos anos tem trabalhado como consultor do Bird (Banco Mundial), BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Cepal (Comissão Econômica para América Latina) e instituições financeiras públicas e privadas.

Agora, o único diretor indicado pelo ex-presidente do BC Armínio Fraga que continua no cargo é Beny Parnes, da Área Internacional.
 

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