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23/05/2003
-
07h34
da Folha de S.Paulo, no Rio
A escolha dos economistas Afonso Sant'Anna Bevilaqua e Eduardo Loyo, do Departamento de Economia da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), para serem os dois novos membros da diretoria do BC (Banco Central) sinaliza que a atual política do banco, baseada no aperto monetário para combater a inflação, não será alterada.
"É a certeza da continuidade de políticas responsáveis", disse José Márcio Camargo, também economista da PUC-RJ, a respeito da escolha de Bevilaqua para a Diretoria de Política Econômica, em substituição a outro professor da PUC-RJ, Ilan Goldfajn, que ontem pediu demissão. Ele diz que o mesmo vale para Loyo, convidado a ocupar a atualmente vaga Diretoria de Estudos Especiais.
Em estudo elaborado em agosto de 2000, em parceria com os economistas Márcio Gomes Pires Garcia e Áureo N. de Paula, Bevilaqua conclui que, na dúvida, é melhor subir os juros.
Ele verificaram que a curva de risco de alguns emergentes não variava sistematicamente com a de juros. Mas, mesmo assim, concluíram que, "dado que a maioria dos países da amostra praticou políticas monetárias restritivas diante das crises externas, é razoável, ainda que não obrigatório, concluir que, caso os juros não tivessem sido elevados como foram, uma deterioração refletida no aumento do prêmio de risco seria observada".
Em março deste ano, quando começou a Guerra do Iraque, Bevilaqua chegou a defender, em declaração ao "Jornal do Brasil", que os juros deveriam ser mais altos. Em fevereiro, quando os juros foram aos atuais 26,5%, o "Valor Econômico" publicou esta declaração de Loyo: "A política monetária não tem efeito sobre a inflação como um passe de mágica".
Perfil dos novos diretores do BC indica manutenção de juro alto
CHICO SANTOSda Folha de S.Paulo, no Rio
A escolha dos economistas Afonso Sant'Anna Bevilaqua e Eduardo Loyo, do Departamento de Economia da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), para serem os dois novos membros da diretoria do BC (Banco Central) sinaliza que a atual política do banco, baseada no aperto monetário para combater a inflação, não será alterada.
"É a certeza da continuidade de políticas responsáveis", disse José Márcio Camargo, também economista da PUC-RJ, a respeito da escolha de Bevilaqua para a Diretoria de Política Econômica, em substituição a outro professor da PUC-RJ, Ilan Goldfajn, que ontem pediu demissão. Ele diz que o mesmo vale para Loyo, convidado a ocupar a atualmente vaga Diretoria de Estudos Especiais.
Em estudo elaborado em agosto de 2000, em parceria com os economistas Márcio Gomes Pires Garcia e Áureo N. de Paula, Bevilaqua conclui que, na dúvida, é melhor subir os juros.
Ele verificaram que a curva de risco de alguns emergentes não variava sistematicamente com a de juros. Mas, mesmo assim, concluíram que, "dado que a maioria dos países da amostra praticou políticas monetárias restritivas diante das crises externas, é razoável, ainda que não obrigatório, concluir que, caso os juros não tivessem sido elevados como foram, uma deterioração refletida no aumento do prêmio de risco seria observada".
Em março deste ano, quando começou a Guerra do Iraque, Bevilaqua chegou a defender, em declaração ao "Jornal do Brasil", que os juros deveriam ser mais altos. Em fevereiro, quando os juros foram aos atuais 26,5%, o "Valor Econômico" publicou esta declaração de Loyo: "A política monetária não tem efeito sobre a inflação como um passe de mágica".
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