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28/05/2003
-
12h46
da Folha Online
A taxa de desemprego total da região metropolitana de São Paulo subiu em abril e atingiu 20,6% da PEA (População Economicamente Ativa), maior patamar desde que a pesquisa do Seade/Dieese começou a ser realizada, em 1985. Para Sérgio Mendonça, diretor técnico do Dieese, o desempenho do ano já está praticamente comprometido.
"A partir de agora, qualquer movimento de redução do juro vai ter efeito sobre o emprego somente no último trimestre do ano", disse ele. Isso, segundo Mendonça, se não ocorrerem choques externos.
"Não há geração suficiente de postos de trabalho porque a economia está estagnada", acrescentou ele.
O comércio fechou 49 mil vagas no mês passado. Segundo Mendonça, esse movimento é resultado do juro alto (26,5% ao ano), baixa renda e escassez de crédito.
O setor de serviços, responsável por 50% do total das ocupações na região, gerou apenas 3.000 vagas em abril. Na indústria, também foram gerados somente 3.000 postos. Outros setores, principalmente o de serviços domésticos, foram responsáveis pela criação de mais 62 mil vagas.
Mendonça disse ainda que o aumento do desemprego em abril em relação aos primeiros meses do ano já era esperado. Trata-se de um movimento sazonal, segundo ele.
As pessoas que deixaram o mercado de trabalho em janeiro e fevereiro, normalmente voltam a buscar emprego em março e abril. Além disso, há a entrada de novas pessoas na PEA (População Economicamente Ativa) no período.
"Ao longo do ano as pessoas vão voltando para o mercado de trabalho, só que em março e abril é mais difícil gerar emprego", disse.
Houve expansão de desemprego no mês passado em praticamente todos os segmentos populacionais, com destaque para os grupos formados por pessoas com idade entre 25 e 39 anos, cuja ampliação foi de 10,6%.
Os chefes de família também foram fortemente afetados. O aumento foi de 4,1%, deixando 12,6% dos chefes de famílias desempregados, segunda maior taxa desde 1985, superada apenas pela de maio de 1999 (12,8%).
Nem queda do juro salva emprego nos próximos meses, diz Dieese
IVONE PORTESda Folha Online
A taxa de desemprego total da região metropolitana de São Paulo subiu em abril e atingiu 20,6% da PEA (População Economicamente Ativa), maior patamar desde que a pesquisa do Seade/Dieese começou a ser realizada, em 1985. Para Sérgio Mendonça, diretor técnico do Dieese, o desempenho do ano já está praticamente comprometido.
"A partir de agora, qualquer movimento de redução do juro vai ter efeito sobre o emprego somente no último trimestre do ano", disse ele. Isso, segundo Mendonça, se não ocorrerem choques externos.
"Não há geração suficiente de postos de trabalho porque a economia está estagnada", acrescentou ele.
O comércio fechou 49 mil vagas no mês passado. Segundo Mendonça, esse movimento é resultado do juro alto (26,5% ao ano), baixa renda e escassez de crédito.
O setor de serviços, responsável por 50% do total das ocupações na região, gerou apenas 3.000 vagas em abril. Na indústria, também foram gerados somente 3.000 postos. Outros setores, principalmente o de serviços domésticos, foram responsáveis pela criação de mais 62 mil vagas.
Mendonça disse ainda que o aumento do desemprego em abril em relação aos primeiros meses do ano já era esperado. Trata-se de um movimento sazonal, segundo ele.
As pessoas que deixaram o mercado de trabalho em janeiro e fevereiro, normalmente voltam a buscar emprego em março e abril. Além disso, há a entrada de novas pessoas na PEA (População Economicamente Ativa) no período.
"Ao longo do ano as pessoas vão voltando para o mercado de trabalho, só que em março e abril é mais difícil gerar emprego", disse.
Houve expansão de desemprego no mês passado em praticamente todos os segmentos populacionais, com destaque para os grupos formados por pessoas com idade entre 25 e 39 anos, cuja ampliação foi de 10,6%.
Os chefes de família também foram fortemente afetados. O aumento foi de 4,1%, deixando 12,6% dos chefes de famílias desempregados, segunda maior taxa desde 1985, superada apenas pela de maio de 1999 (12,8%).
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