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22/01/2010 - 15h25

Braskem se torna 8ª no ranking de resinas e Odebrecht mantém controle

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YGOR SALLES
da Folha Online

Apesar do aumento da participação da Petrobras na Braskem após a aquisição da Quattor, anunciada nesta sexta-feira, a gigante do setor petroquímico manterá a gestão de forma privada, com controle da Odebrecht, e dentro dos princípios de governança que já tinha.

A promessa foi feita pelo presidente da Braskem, Bernardo Gradin, durante evento com analistas para explicar como será feita a aquisição da Quattor, o que a transforma na 8ª maior fabricante de resinas do mundo --antes era 12º.

A operação cria uma empresa "com porte para consolidar sua posição de competidor no mercado global", levando a empresa para 5º lugar na produção de resinas. "Esse negócio é a base para consolidar esta missão [de passar para 5º]".

A última pendência que havia para fechar o negócio era sobre quem seria o controlador da empresa, a atual --a Odebrecht-- ou a Petrobras, que até então possuía uma participação minoritária, conforme informou a Folha há duas semanas.

O acordo final prevê que, após o aumento de capital da Braskem e a incorporação da Quattor, a Odebrecht ficará com, no mínimo, 50,1% da empresa, o que garante à empresa baiana o controle da empresa. Essa proporção pode aumentar caso os acionistas minoritários resolvam não participar do aumento de capital, o que a direção da Braskem considera improvável.

Dívida

A Braskem passará a deter cerca de R$ 13,2 bilhões em dívida líquida após a incorporação da Quattor --R$ 6,7 bilhões da Braskem e R$ 6,5 da Quattor. Esse valor recuará para um valor entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões, o que a direção da empresa considera bom.

Segundo o vice-presidente financeiro da Braskem, Carlos Fadigas, os credores da Quattor são basicamente os mesmos da Braskem, com quem a empresa 'possui ótimo relacionamento e compartilham da nossa visão estratégica'. A ideia é aproveitar a situação de caixa mais confortável para buscar alongar prazos e reduzir os juros dessas dívidas.

'A empresa já terá recursos em caixa mais do que suficiente para pagar a dívida que vence em até dois anos. Mas vamos negocia-las. Chegaremos a um acordo com os bancos, mas sempre há a possibilidade de usar o caixa', explicou Fadigas.

Consolidação

A Braskem não especificou quanto tempo será necessário para fazer todos os procedimentos da incorporação da Quattor, incluindo a aprovação do negócio pelas autoridades antitruste, como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Porém, ela já sabe que o processo de consolidação dos ativos da Quattor está em um estágio mais atrasado que a sua, que está finalizando as sinergias relacionadas à compra da Ipiranga Petroquímica, no final de 2007. Esse atraso ocorre porque a Quattor ainda não é 100% dona das empresas que controla, casos da Quattor Química, Quattor Petroquímica e RioPol.

'A Quattor já tinha esse desejo de consolidar, mas não conseguia por causa dos credores. Com a fusão, acreditamos que daremos o conforto necessário para que eles aceitem', disse.

 

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