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10/06/2003
-
15h48
da Folha Online
O Brasil voltou hoje ao mercado internacional de crédito e fez a segunda captação de recursos do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
A novidade desta operação é que os títulos tiveram um prazo maior, ou seja, um indicativo do aumento da confiança do investidor estrangeiro na capacidade do Brasil em honrar os seus compromissos de dívida.
O país vendeu US$ 1,250 bilhão em bônus de longo prazo (dez anos), denominado Global 13 (referente ao ano do vencimento, em junho de 2013).
A primeira captação do novo governo foi feita em abril, quando foi lançado US$ 1 bilhão em bônus de prazo curto (vencimento em janeiro de 2007).
O apetite dos investidores pelos chamados papéis da República continua elevado. A procura pelos títulos superou US$ 5 bilhões.
Com tanta demanda, o governo acabou emitindo mais bônus do que o planejado inicialmente (US$ 1 bilhão).
O diretor da corretora Eurovest Global, Carlos Gribel, disse que a captação foi bem-sucedida.
A forte procura deve motivar uma nova emissão pelo governo ainda neste ano, segundo um analista.
O plano inicial do Tesouro é captar US$ 3 bilhões em 2003. Com o resultado de hoje, já conseguiu atingir US$ 2,250 bilhões.
O retorno para o investidor ficou em 10,58% ao ano. Os líderes da operação de hoje foram os bancos alemão Deutsche Bank e americano Goldman Sachs.
Como é de praxe, o governo só deve se manifestar sobre a operação após o fechamento dos mercados ou amanhã. O Ministério da Fazenda diz que não vai comentar, que o assunto é do Banco Central.
Risco Brasil
O risco Brasil deve recuar para um patamar inferior a 600 pontos no segundo semestre, aposta a equipe do Unibanco Research.
Essa projeção se baseia nas seguintes premissas: aprovação das reformas tributária e da Previdência até o início de 2004 e manutenção do atual cenário de liquidez internacional.
Em relatório, divulgado hoje pelos analistas Eduardo Freitas, Juliana Braga e Fernanda Guimarães, a instituição afirma que "ainda há espaço para o ajuste de preços dos papéis brasileiros no curto prazo".
Eles reiteraram a recomendação de compra para dois títulos da dívida brasileira (os bônus do tipo Global com vencimento em 2008 e 2040 e taxas de 11,5% e 11% ao ano, respectivamente).
Além disso, o banco incluiu nas suas recomendações a compra do Global com vencimento em 2009, com taxa de 14,5% ao ano.
Brasil retorna ao mercado externo e faz a segunda captação do governo Lula
SÉRGIO RIPARDOda Folha Online
O Brasil voltou hoje ao mercado internacional de crédito e fez a segunda captação de recursos do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
A novidade desta operação é que os títulos tiveram um prazo maior, ou seja, um indicativo do aumento da confiança do investidor estrangeiro na capacidade do Brasil em honrar os seus compromissos de dívida.
O país vendeu US$ 1,250 bilhão em bônus de longo prazo (dez anos), denominado Global 13 (referente ao ano do vencimento, em junho de 2013).
A primeira captação do novo governo foi feita em abril, quando foi lançado US$ 1 bilhão em bônus de prazo curto (vencimento em janeiro de 2007).
O apetite dos investidores pelos chamados papéis da República continua elevado. A procura pelos títulos superou US$ 5 bilhões.
Com tanta demanda, o governo acabou emitindo mais bônus do que o planejado inicialmente (US$ 1 bilhão).
O diretor da corretora Eurovest Global, Carlos Gribel, disse que a captação foi bem-sucedida.
A forte procura deve motivar uma nova emissão pelo governo ainda neste ano, segundo um analista.
O plano inicial do Tesouro é captar US$ 3 bilhões em 2003. Com o resultado de hoje, já conseguiu atingir US$ 2,250 bilhões.
O retorno para o investidor ficou em 10,58% ao ano. Os líderes da operação de hoje foram os bancos alemão Deutsche Bank e americano Goldman Sachs.
Como é de praxe, o governo só deve se manifestar sobre a operação após o fechamento dos mercados ou amanhã. O Ministério da Fazenda diz que não vai comentar, que o assunto é do Banco Central.
Risco Brasil
O risco Brasil deve recuar para um patamar inferior a 600 pontos no segundo semestre, aposta a equipe do Unibanco Research.
Essa projeção se baseia nas seguintes premissas: aprovação das reformas tributária e da Previdência até o início de 2004 e manutenção do atual cenário de liquidez internacional.
Em relatório, divulgado hoje pelos analistas Eduardo Freitas, Juliana Braga e Fernanda Guimarães, a instituição afirma que "ainda há espaço para o ajuste de preços dos papéis brasileiros no curto prazo".
Eles reiteraram a recomendação de compra para dois títulos da dívida brasileira (os bônus do tipo Global com vencimento em 2008 e 2040 e taxas de 11,5% e 11% ao ano, respectivamente).
Além disso, o banco incluiu nas suas recomendações a compra do Global com vencimento em 2009, com taxa de 14,5% ao ano.
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