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11/06/2003 - 18h35

Para Vera Loyola, Lula vai acabar com a "crise dos milionários"

SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

A socialite e empresária carioca Vera Loyola, 57, diz que sente os efeitos da "crise dos ricos" no país, como mostrou a pesquisa da Merrill Lynch, segundo a qual o Brasil perdeu 15 mil milionários em 2002.

Ela afirma ainda que o governo Lula vai criar uma nova geração de endinheirados quando o país voltar a crescer, após a queda dos juros.

M.A.Rezende/Folha Imagem
"Não há mais a disputa de quem ostenta as jóias mais caras, os carros mais modernos, os aviões mais rápidos nem promove as festas mais badaladas. Quem tem muito dinheiro está mais reservado. Ninguém mais investe", afirma Vera.

O estudo apontou que o Brasil possui 75 mil pessoas donas de investimentos de US$ 1 milhão. A socialite discorda dessa definição para um milionário.

"No mundo, milionário é quem tem pelo menos US$ 100 milhões. Patrimônio de US$ 1 milhão é coisa de classe média."

Eleitora do presidente Lula, Vera diz que, no atual governo, só existe um milionário: o vice-presidente José Alencar, dono do grupo têxtil Coteminas.

"Não gostei de ver o Alencar cobrando o corte dos juros. Ele foi inoportuno. O Lula herdou o país no caos. Vai baixar o juro no momento adequado", afirma a socialite.

Vera diz ainda que a "República de Lula vai criar um nova geração de milionários: gente que fica rica com o suor e o trabalho, e não com falcatruas como no passado".

Ela aponta a violência como um fator que mudou o comportamento dos endinheirados no país.

"Vou a São Paulo na próxima semana e estou morrendo de medo. No aeroporto, clonam seu celular. Você pega um carro, o chofer pára no sinal e te roubam a jóia."

A socialite diz que não se deve ter vergonha de ser rico no Brasil.

"Jesus nunca foi contra os ricos. Disse que poderia ter ricos e pobres no mundo, o que não poderia era ter miseráveis. O rico gera emprego, ajuda o país a crescer", afirma Vera, que não se define como "milionária".

No ano passado, ela vendeu sua rede de padarias e hoje vive do aluguel dos imóveis. Há três meses, começou a fabricar bolsas "artesanais" com sua marca, aproveitando a fama de "rainha dos emergentes". Diz que já vendeu 40 unidades com preços entre R$ 150 e R$ 600. Também é dona do Motel "Vip's".

"Quero ser milionária de saúde e de esperança nesse país. Quero voltar a fazer um programa na TV. Quero exportar minhas bolsas e depois popularizar, lançando modelos baratos."


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