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16/06/2003
-
17h12
da Folha Online
A gigante americana Johnson & Johnson vai enfrentar uma ofensiva no mercado brasileiro de absorventes higiênicos. Dona da marca "Sempre Livre", campeã de vendas nesse segmento, a companhia vai ter de driblar a volta do "Seja Livre", produto da carioca Aloés & Aloés que saiu das gôndolas em 94 e se prepara para reestréia.
A semelhança entre os nomes levou a J&J a abrir um processo no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) contra o "Seja Livre". A empresa americana tentava impedir que o Inpi concedesse o registro de marca. No final, a A&A venceu a disputa. A companhia americana reconhece que o Inpi não acatou sua oposição.
"Não deixamos o mercado por causa da da Johnson. Na época, preferimos nos concentrar no segmento de fraudas infantis e geriátricas. Agora, estamos de volta e queremos conquistar 15% do mercado de absorventes em três a cinco anos", afirma o presidente da A&A, Altomir Filho.
Um investimento de R$ 20 milhões vai ser utilizado para a volta da Aloés ao segmento de absorventes. Além do "Seja Livre", a empresa criou a marca "Confiance", cujos produtos já começaram a ser distribuídos no varejo brasileiro.
Além da J&J com o trio "Sempre Livre", "Modess" e "o.b.", o ranking nacional de absorventes é composto pela Kimberly-Clark Kenko, dona da marca "Intimus Gel", e pela Procter & Gamble, com o "Allways", "Ella" e "Tampax".
Leão, garoto-propaganda
"A disputa não será fácil. Somos uma empresa de capital brasileiro em um mercado dominado por multinacionais", diz o presidente da A&A.
Ele afirma que investirá R$ 2 milhões em ações de marketing. A empresa está finalizando uma campanha publicitária para revistas e TV.
Com o objetivo de conquistar o público feminino de perfil mais popular, a empresa comprou espaço para merchandising no programa "Sabadaço", do apresentador Gilberto Barros, o Leão, da TV Bandeirantes.
"Carefree black"
A J&J informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai comentar a estratégia da concorrência.
A marca "Sempre Livre" foi lançada em 1974 como o "primeiro absorvente aderente" do país. De lá para cá, o produto sofreu uma transformação que ditou as regras para esse mercado: ganhou abas em 92 e novo design.
Recentemente, a J&J colocou no mercado um protetor diário para uso com lingerie preta, o "Carefree Black".
A empresa descobriu, em pesquisa, que 89% do público feminino tem pelo menos uma peça íntima preta na gaveta. Por isso, lançou o produto na cor preta, como já ocorreu na Colômbia e Venezuela.
Mercado de R$ 510 mi
Segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o mercado brasileiro de absorventes higiênicos cresceu 11,4% em 2002, somando um faturamento de R$ 510,7 milhões, sem incluir impostos.
Um estudo setorial do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aponta que o mercado mundial de absorventes (incluindo produtos femininos e fraldas para crianças e adultos) é estimado em US$ 34 bilhões.
"Seja Livre" volta e declara guerra ao "Sempre Livre", da J&J
SÉRGIO RIPARDOda Folha Online
A gigante americana Johnson & Johnson vai enfrentar uma ofensiva no mercado brasileiro de absorventes higiênicos. Dona da marca "Sempre Livre", campeã de vendas nesse segmento, a companhia vai ter de driblar a volta do "Seja Livre", produto da carioca Aloés & Aloés que saiu das gôndolas em 94 e se prepara para reestréia.
A semelhança entre os nomes levou a J&J a abrir um processo no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) contra o "Seja Livre". A empresa americana tentava impedir que o Inpi concedesse o registro de marca. No final, a A&A venceu a disputa. A companhia americana reconhece que o Inpi não acatou sua oposição.
"Não deixamos o mercado por causa da da Johnson. Na época, preferimos nos concentrar no segmento de fraudas infantis e geriátricas. Agora, estamos de volta e queremos conquistar 15% do mercado de absorventes em três a cinco anos", afirma o presidente da A&A, Altomir Filho.
Um investimento de R$ 20 milhões vai ser utilizado para a volta da Aloés ao segmento de absorventes. Além do "Seja Livre", a empresa criou a marca "Confiance", cujos produtos já começaram a ser distribuídos no varejo brasileiro.
Além da J&J com o trio "Sempre Livre", "Modess" e "o.b.", o ranking nacional de absorventes é composto pela Kimberly-Clark Kenko, dona da marca "Intimus Gel", e pela Procter & Gamble, com o "Allways", "Ella" e "Tampax".
Leão, garoto-propaganda
"A disputa não será fácil. Somos uma empresa de capital brasileiro em um mercado dominado por multinacionais", diz o presidente da A&A.
Ele afirma que investirá R$ 2 milhões em ações de marketing. A empresa está finalizando uma campanha publicitária para revistas e TV.
Com o objetivo de conquistar o público feminino de perfil mais popular, a empresa comprou espaço para merchandising no programa "Sabadaço", do apresentador Gilberto Barros, o Leão, da TV Bandeirantes.
"Carefree black"
A J&J informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai comentar a estratégia da concorrência.
A marca "Sempre Livre" foi lançada em 1974 como o "primeiro absorvente aderente" do país. De lá para cá, o produto sofreu uma transformação que ditou as regras para esse mercado: ganhou abas em 92 e novo design.
Recentemente, a J&J colocou no mercado um protetor diário para uso com lingerie preta, o "Carefree Black".
A empresa descobriu, em pesquisa, que 89% do público feminino tem pelo menos uma peça íntima preta na gaveta. Por isso, lançou o produto na cor preta, como já ocorreu na Colômbia e Venezuela.
Mercado de R$ 510 mi
Segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o mercado brasileiro de absorventes higiênicos cresceu 11,4% em 2002, somando um faturamento de R$ 510,7 milhões, sem incluir impostos.
Um estudo setorial do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aponta que o mercado mundial de absorventes (incluindo produtos femininos e fraldas para crianças e adultos) é estimado em US$ 34 bilhões.
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