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21/06/2003
-
08h33
Os ministros de 30 países-membros da OMC (Organização Mundial do Comércio) vão se encontrar no Egito, neste final de semana, para tentar desfazer alguns dos nós que travam os avanços nas negociações da Rodada Doha de liberação do comércio global. Os dois principais temas serão a agroindústria e a liberalização de patentes de medicamentos.
O Brasil será representado pelos ministros Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Roberto Rodrigues (Agricultura) e Celso Amorim (Relações Exteriores). Estarão lá o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Zoellick, e o comissário de Comércio da União Européia, Pascal Lamy.
As conversas informais ocorrerão hoje e amanhã, na cidade de Sharm el-Sheik, balneário às margens do mar Vermelho. A principal questão será buscar um acordo para a redução dos subsídios agrícolas.
Ontem, o representante comercial-adjunto dos EUA, Peter Allgeier, afirmou que só haverá avanços na liberalização do comércio caso a União Européia reveja seu pesado programa de subsídios aos produtores rurais.
"A chave para que haja progressos significativos é a agricultura, e que tem a chave é a União Européia", afirmou Allgeier, em entrevista em Genebra.
Os EUA já acenaram que aceitam reduzir seus subsídios. Mas os europeus e os japoneses, cujas agriculturas são as mais subsidiadas do planeta, relutam em rever suas políticas de proteção aos produtores rurais.
A nova rodada de discussões sobre redução de tarifas e liberalização comercial foi lançada ao final de 2001, em Doha (Qatar), durante a reunião da OMC. A meta era chegar a um acordo até o final de 2004, mas os negociadores dos países-membros da organização têm estourado prazo após prazo.
A reunião deste final de semana foi convocada para reduzir os impasses que dividem, de um lado, países ricos e industrializados, e, de outro, pobres e/ou produtores agrícolas (como Austrália). Sem um consenso mínimo, a agenda de Doha dificilmente será cumprida, avaliam os negociadores.
Os ministros tentarão afinar o discurso para que não resulte em fracasso a grande reunião ministerial de setembro, em Cancún (México), em que estarão presentes todos os membros da OMC.
Reunião da OMC tenta desbloquear agenda
da Folha de S.PauloOs ministros de 30 países-membros da OMC (Organização Mundial do Comércio) vão se encontrar no Egito, neste final de semana, para tentar desfazer alguns dos nós que travam os avanços nas negociações da Rodada Doha de liberação do comércio global. Os dois principais temas serão a agroindústria e a liberalização de patentes de medicamentos.
O Brasil será representado pelos ministros Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Roberto Rodrigues (Agricultura) e Celso Amorim (Relações Exteriores). Estarão lá o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Zoellick, e o comissário de Comércio da União Européia, Pascal Lamy.
As conversas informais ocorrerão hoje e amanhã, na cidade de Sharm el-Sheik, balneário às margens do mar Vermelho. A principal questão será buscar um acordo para a redução dos subsídios agrícolas.
Ontem, o representante comercial-adjunto dos EUA, Peter Allgeier, afirmou que só haverá avanços na liberalização do comércio caso a União Européia reveja seu pesado programa de subsídios aos produtores rurais.
"A chave para que haja progressos significativos é a agricultura, e que tem a chave é a União Européia", afirmou Allgeier, em entrevista em Genebra.
Os EUA já acenaram que aceitam reduzir seus subsídios. Mas os europeus e os japoneses, cujas agriculturas são as mais subsidiadas do planeta, relutam em rever suas políticas de proteção aos produtores rurais.
A nova rodada de discussões sobre redução de tarifas e liberalização comercial foi lançada ao final de 2001, em Doha (Qatar), durante a reunião da OMC. A meta era chegar a um acordo até o final de 2004, mas os negociadores dos países-membros da organização têm estourado prazo após prazo.
A reunião deste final de semana foi convocada para reduzir os impasses que dividem, de um lado, países ricos e industrializados, e, de outro, pobres e/ou produtores agrícolas (como Austrália). Sem um consenso mínimo, a agenda de Doha dificilmente será cumprida, avaliam os negociadores.
Os ministros tentarão afinar o discurso para que não resulte em fracasso a grande reunião ministerial de setembro, em Cancún (México), em que estarão presentes todos os membros da OMC.
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