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23/06/2003
-
10h20
Fracassou a mais recente tentativa da OMC (Organização Mundial do Comércio) de reduzir os impasses à abertura do mercado mundial a produtos agrícolas.
Neste final de semana, ministros de 29 países-membros da organização se reuniram em Sharm el-Sheik, no Egito, para a redução de barreiras ao comércio global.
O objetivo do encontro era reduzir entraves comerciais que colocam de um lado países ricos e industrializados e do outro pobres ou produtores agrícolas. Essas diferenças travam avanços nas negociações da Rodada Doha de liberação do comércio mundial, cuja conclusão deveria ser 2004.
No entanto, durante o encontro os países envolvidos não conseguiram estabelecer nenhum ponto de concordância em como abrir a agroindústria -uma das questões mais importantes- à competição internacional.
Os ministros admitem que as chances de acordos em outras áreas são pequenas se este ponto não for decidido. A responsabilidade pela demora nas negociações foi apontada pelos Estados Unidos como sendo dos países europeus.
"Estamos prontos para trabalhar se a Europa liberar o caminho para que possamos nos movimentar", disse o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Zoellick.
Acesso a remédios
Por outro lado, o encontro trouxe alguma esperança em relação ao acesso de países pobres a medicamentos genéricos, mais baratos, para combater doenças como AIDS, tuberculose e malária.
Os EUA declararam que não vão insistir para que um possível acordo restrinja a importação de genéricos a uma lista de doenças. "Estou conversando com as companhias farmacêuticas, estou conversando com os países da África, estou conversando com o Brasil e com a Índia", afirmou Zoellick. O movimento americano foi encarado pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, como "positivo".
Apesar disso, no ano passado, um acordo que permitiria importações de genéricos por países pobres em termos parecidos foi vetado pelos EUA, pressionado farmacêuticas americanas.
Hoje, Mercosul e União Européia devem iniciar uma nova rodada de discussões sobre o acordo de livre comércio em Assunção, no Paraguai.
Com agências internacionais
Fracassa nova tentativa da OMC de avançar na agenda agrícola
da Folha de S.PauloFracassou a mais recente tentativa da OMC (Organização Mundial do Comércio) de reduzir os impasses à abertura do mercado mundial a produtos agrícolas.
Neste final de semana, ministros de 29 países-membros da organização se reuniram em Sharm el-Sheik, no Egito, para a redução de barreiras ao comércio global.
O objetivo do encontro era reduzir entraves comerciais que colocam de um lado países ricos e industrializados e do outro pobres ou produtores agrícolas. Essas diferenças travam avanços nas negociações da Rodada Doha de liberação do comércio mundial, cuja conclusão deveria ser 2004.
No entanto, durante o encontro os países envolvidos não conseguiram estabelecer nenhum ponto de concordância em como abrir a agroindústria -uma das questões mais importantes- à competição internacional.
Os ministros admitem que as chances de acordos em outras áreas são pequenas se este ponto não for decidido. A responsabilidade pela demora nas negociações foi apontada pelos Estados Unidos como sendo dos países europeus.
"Estamos prontos para trabalhar se a Europa liberar o caminho para que possamos nos movimentar", disse o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Zoellick.
Acesso a remédios
Por outro lado, o encontro trouxe alguma esperança em relação ao acesso de países pobres a medicamentos genéricos, mais baratos, para combater doenças como AIDS, tuberculose e malária.
Os EUA declararam que não vão insistir para que um possível acordo restrinja a importação de genéricos a uma lista de doenças. "Estou conversando com as companhias farmacêuticas, estou conversando com os países da África, estou conversando com o Brasil e com a Índia", afirmou Zoellick. O movimento americano foi encarado pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, como "positivo".
Apesar disso, no ano passado, um acordo que permitiria importações de genéricos por países pobres em termos parecidos foi vetado pelos EUA, pressionado farmacêuticas americanas.
Hoje, Mercosul e União Européia devem iniciar uma nova rodada de discussões sobre o acordo de livre comércio em Assunção, no Paraguai.
Com agências internacionais
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