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15/07/2003 - 11h25

Juro do cheque especial cai, mas para 190% ao ano

EDUARDO CUCOLO
da Folha Online

A queda na taxa básica de juros (taxa Selic) promovida pelo Banco Central no mês passado já está se refletindo nas taxas cobradas pelos bancos.

Segundo a pesquisa mensal de juros para pessoa física do Procon-SP, as taxas do cheque especial caíram de 9,43% para 9,27% ao mês, na comparação entre junho e julho. Já os juros do empréstimo pessoal caíram de 6,22% para 6,02% ao mês.

O Procon alerta, no entanto, que "o impacto dessas reduções no bolso dos consumidores ainda é muito pequeno."

É possível perceber isso quando essas mesmas taxas são convertidas para o período de um ano. Enquanto a Selic caiu de 26,5% para 26% a.a., a queda nos juros do cheque especial foi de 194,87% para 189,74% ao ano. No empréstimo pessoal a queda foi de 106,29% para 101,68% ao ano.

"Os correntistas devem agir com muita cautela, principalmente ao entrar no cheque especial, já que as taxas encontram-se muito elevadas", diz o Procon.

No total, dos 12 bancos pesquisados, nove reduziram suas taxas. As três instituições que não fizeram alterações, nem para empréstimos pessoais, nem para o cheque especial foram o HSBC, a Caixa Econômica Federal e o BBV.

Segundo o órgão de defesa do consumidor, os bancos avaliam que a inflação manterá uma trajetória de queda e que o governo está disposto a reduzir ainda mais os juros. Na próxima semana o BC se reúne novamente, e o mercado acredita em um corte que pode superar 1 ponto percentual na taxa de 26%.

Empréstimos pessoais

Os três bancos que fizeram as reduções mais significativas nos empréstimos pessoais foram o Unibanco (de 6,9% para 6,3% ao mês), o Real (de 6,4% para 5,9%) e o Itaú (de 6,95% para 6,6%). O BBV e a Nossa Caixa praticam as menores taxas do mercado: 4,8% e 4,65%, respectivamente. O HSBC (6,5%) e o Itaú (6,6%) mantêm as taxas mais altas.

Cheque especial

Os bancos que apresentaram as maiores quedas no cheque especial foram o Real (de 9,2% para 8,9%), o Itaú (de 9,8% para 9,5%) e o Santander (de 9,75% para 9,5%). Em apenas três instituições, as taxas estão abaixo de 9% ao mês: Real (8,9%), Banco do Brasil (8,8%) e Nossa Caixa (8,75%). O BCN é o banco que possui a maior taxa (9,75%), seguido pelos bancos Santander, Itaú, Bradesco e HSBC (todos com 9,5%).

A pesquisa foi realizada com 12 bancos entre os dias 7 e 8 de julho.
 

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