Publicidade
Publicidade
21/07/2003
-
07h39
da Folha de S. Paulo
A Volkswagen informou ontem que, devido à estagnação das vendas internas de veículos, está com o excedente de 3.933 empregados. Atualmente, 24,8 mil funcionários trabalham nas cinco unidades da companhia no país. Para evitar cortes diretos, a montadora anuncia hoje a criação da empresa Autovisão Brasil, que ficará responsável pela recolocação daqueles metalúrgicos.
A Autovisão tentará encontrar vagas para os 3.933 trabalhadores em indústrias de autopeças, concessionárias e outras empresas que prestam serviços para a Volkswagen. Fará também prospecção de novos negócios que empreguem os metalúrgicos excedentes da montadora.
A nova empresa será criada no momento em que a indústria automobilística brasileira enfrenta uma de suas piores crises. A Folha apurou que só a Volkswagen está com ociosidade de 35% na sua capacidade de produzir 3.000 veículos por dia.
Segundo a Anfavea (associação das montadoras), o número de veículos licenciados no Brasil em maio somou 101,6 mil -queda de 10,3% em relação a maio de 2002. Em comparação a abril, houve retração de 1,2%.
Várias montadoras se preparam para fazer cortes devido à estagnação da economia. A General Motors afirma que precisa dispensar 600 funcionários na unidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo. A empresa abriu um programa de demissões voluntárias no final de junho, mas apenas 70 metalúrgicos aderiram.
Segundo a Volkswagen, sua nova empresa de recolocação de pessoal foi inspirada na Autovision AG, criada em 1997 na cidade de Wolfsburg, onde fica a sede do conglomerado, na Alemanha.
Desde então, cerca de 15 mil trabalhadores da Volkswagen alemã e mesmo de outras empresas que não pertencem ao grupo automobilístico foram recolocados pela Autovision AG.
Governo
O projeto da Autovisão Brasil foi apresentado na sexta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Representantes da Volkswagen, como Peter Hartz, responsáveis pelos negócios do grupo na América do Sul e na África, e Paul Fleming, presidente da empresa no Brasil, participaram do encontro, em Brasília.
Para Hartz, a Autovisão deve recolocar a grande maioria do excedente de funcionários da Volkswagen em novos empregos.
As montadoras têm anunciado a necessidade de cortar pessoal justamente no momento em que negociam com o governo um plano para estimular a renovação da frota de veículos no país. O objetivo é aumentar as vendas internas.
Volkswagen pode cortar 3.900 empregados
LÁSZLÓ VARGAda Folha de S. Paulo
A Volkswagen informou ontem que, devido à estagnação das vendas internas de veículos, está com o excedente de 3.933 empregados. Atualmente, 24,8 mil funcionários trabalham nas cinco unidades da companhia no país. Para evitar cortes diretos, a montadora anuncia hoje a criação da empresa Autovisão Brasil, que ficará responsável pela recolocação daqueles metalúrgicos.
A Autovisão tentará encontrar vagas para os 3.933 trabalhadores em indústrias de autopeças, concessionárias e outras empresas que prestam serviços para a Volkswagen. Fará também prospecção de novos negócios que empreguem os metalúrgicos excedentes da montadora.
A nova empresa será criada no momento em que a indústria automobilística brasileira enfrenta uma de suas piores crises. A Folha apurou que só a Volkswagen está com ociosidade de 35% na sua capacidade de produzir 3.000 veículos por dia.
Segundo a Anfavea (associação das montadoras), o número de veículos licenciados no Brasil em maio somou 101,6 mil -queda de 10,3% em relação a maio de 2002. Em comparação a abril, houve retração de 1,2%.
Várias montadoras se preparam para fazer cortes devido à estagnação da economia. A General Motors afirma que precisa dispensar 600 funcionários na unidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo. A empresa abriu um programa de demissões voluntárias no final de junho, mas apenas 70 metalúrgicos aderiram.
Segundo a Volkswagen, sua nova empresa de recolocação de pessoal foi inspirada na Autovision AG, criada em 1997 na cidade de Wolfsburg, onde fica a sede do conglomerado, na Alemanha.
Desde então, cerca de 15 mil trabalhadores da Volkswagen alemã e mesmo de outras empresas que não pertencem ao grupo automobilístico foram recolocados pela Autovision AG.
Governo
O projeto da Autovisão Brasil foi apresentado na sexta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Representantes da Volkswagen, como Peter Hartz, responsáveis pelos negócios do grupo na América do Sul e na África, e Paul Fleming, presidente da empresa no Brasil, participaram do encontro, em Brasília.
Para Hartz, a Autovisão deve recolocar a grande maioria do excedente de funcionários da Volkswagen em novos empregos.
As montadoras têm anunciado a necessidade de cortar pessoal justamente no momento em que negociam com o governo um plano para estimular a renovação da frota de veículos no país. O objetivo é aumentar as vendas internas.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice