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22/07/2003 - 18h05

Cancelamento de vôos já supera o impacto da crise da Transbrasil

CINDY CORRÊA
da Folha Online

A desaceleração do setor aéreo, assim como a união entre TAM e Varig, impulsionaram o volume de cancelamento de vôos, ficando o índice deste ano maior do que em 2001 quando a Transbrasil deixou de operar. Nos primeiros seis meses deste ano, 38% das frequências não foram realizadas dentro do previsto pelo DAC (Departamento de Aviação Civil).

Esse dado de regularidade de vôo indica se as companhias aéreas fizeram os vôos que tinham se comprometido. As companhias aéreas explicam que essa medida do DAC usa como base todos as frequências pedidas pelas companhias e daí desconta os vôos que não foram realizados. As empresas argumentam que no início do ano os dados estavam distorcidos pois usavam como base os vôos permitidos em setembro do ano passado, antes da união operacional da TAM com a Varig e antes da retirada de parte dos Fokker-100 de operação por parte da TAM.

Conforme as informações da TAM , as mudanças nos vôos foram autorizadas pelo DAC, mas não estavam registradas formalmente até maio junto ao órgão regulador porque as alterações estavam em curso.

Mas em 2001, quando a Transbrasil estava em processo de redução e paralisação dos vôos, a atualização dos dados base do DAC também demorou e a regularidade média do ano em que uma das maiores empresas aéreas parou ficou em 79,2%.

Distorcidos ou não os dados de 2003, os passageiros já estão sofrendo em vôos domésticos por causa da união de vôos, suspensão de frequências e aviões lotados. Um executivo informou que normalmente chegava no aeroporto de Congonhas com destino para o Rio e conseguia embarcar em meia hora, agora com as reduções de oferta, o executivo já esperou quase 2 horas até conseguir um assento.

Em junho deste ano, partiram do Santos Dumont (RJ), 69 frequências com São Paulo como destino segundo dados da Infraero. No mesmo período do ano passado esse volume era de 87. Esse dado considera os vôos efetivamente realizados e indica uma queda de 20%.

A regularidade do mês de junho foi bem maior do que a média do ano, pois segundo a TAM a base foi ajustada ao mercado para esse cálculo. A média do setor no mês passado ficou em 89% dos vôos sendo realizados, com a TAM efetivando 91% dos seus compromissos aéreos.

E não se pode culpar apenas os cortes realizados pela racionalização dos vôos entre TAM e Varig. A Gol registrou um dos menores índices com 87%, melhor apenas do que a Rio-Sul e a Nordeste, que foram incorporados na Varig.
 

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