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Pujança dos Bric exige reavaliação do sistema monetário internacional
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da Efe, em Londres
A evolução da economia mundial no século 21 torna necessário repensar o funcionamento do sistema monetário internacional e criação de uma nova ordem que inclua e conte com a participação das economias emergentes, segundo as conclusões de um relatório de especialistas divulgado nesta quinta-feira (18) em Londres.
Elaborado por encomenda pelo Chatham House, o Instituto de Relações Exteriores de Londres, oferece fórmulas para que as autoridades monetárias e os líderes políticos "preparem o terreno para um novo sistema e tornem a transição menos turbulenta".
No documento estão opiniões de renomados analistas e atores do sistema monetário, como DeAnne Julius, uma ex-membro do comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra, e Jim O'Neill, considerado o "ideólogo" dos bancos americano Goldman Sachs.
"Dentro de 20 anos, o tamanho combinado das chamadas economias Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) possivelmente equivalerá ao dos Estados Unidos e da União Europeia juntas. Que tipo de sistema monetário internacional será necessário em um mundo assim? Devemos começar a concebê-lo agora?", questiona O'Neill.
Os autores do trabalho concordam que a questão da reforma não é algo novo, mas concluem que é necessário começar a trabalhar nisto "o quanto antes" e fazem uma série de recomendações sobre os passos a serem seguidos.
Os analistas expressam a conveniência de idealizar um sistema de reserva multi-divisas, ajustado a realidade de "um mundo de bloco comerciais regionais - Europa, Ásia, as Américas - junto a um dólar que é a divisa preeminente".
Neste sentido, o relatório sugere promover um "uso extensivo" dos direitos especiais de giro (SDR) como "uma divisa supranacional, junto às reservas de divisas internacionais que são emitidas pelos respectivos Estados soberanos".
Os SDR foram criados em 1969 pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) como uma reserva internacional de ativos com o objetivo de serem um complemento para o dólar e o ouro sob o Acordo de Bretton Woods sobre o regime de taxa fixa de mudança.
Trata-se de uma bolsa de divisas, do que atualmente fazem parte o dólar, o iene, o euro e a libra esterlina, cujos pesos relativos são ajustados a cada cinco anos.
No terreno político, aconselham a promoção do diálogo e a coordenação de políticas para promover a estabilidade, a confiança e um ajuste coordenado do sistema, com a meta que os países e os indivíduos entrem em acordo sobre uma divisa de referência.
Defendem ainda o fortalecimento do papel e da legitimidade das instituições internacionais, com o reforço do papel de supervisão e controle do FMI, de modo que possa enfrentar com maior eficácia o problema das taxas de câmbio e o desequilíbrio que isto gera no sistema de pagamentos.
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