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Ação da Telebrás retrai 13,6%; Tesouro se opõe à reativação de estatal
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da Folha Online
A ação preferencial da estatal Telebrás desvalorizou 13,60% ao final do pregão desta quarta-feira na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), em um dia de volume financeiro excepcional, e em meio a mais um capítulo sobre a reativação dessa estatal, "encostada" após as privatizações dos anos 90. Hoje, a Bolsa fechou em queda de 0,68%.
Somente neste ano, essa ação já valorizou 94,67%. No mesmo período, o índice Ibovespa, que reflete os preços das ações, subiu somente 0,47%.
Reativação da Telebrás pode enfrentar empecilhos jurídicos
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O papel da Telebrás, negociado por R$ 1,46 no encerramento das operações, foi alvo de R$ 76,45 milhões. Nos últimos três meses, o giro médio desse papel ficou em torno de R$ 1 milhão.
Os papéis da empresa já sofreram várias oscilações violentas nos últimos meses, em meio a rumores, confirmações e desmentidos sobre a reativação de sua rede para o projeto do governo de banda larga (internet de alta velocidade).
Conforme reportagem da Folha publicada hoje, o Tesouro Nacional emitiu nota técnica em que condena a reativação da Telebrás pelo governo Lula para gerir seu programa de banda larga.
É a segunda autoridade do governo a se opor à ideia. Na semana passada, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, já levantara publicamente restrições a que a estatal seja reativada.
Risco jurídico
Desde que o setor foi privatizado, em 1998, a função da Telebrás é administrar dívidas e pagá-las com receitas que obtém por meio das aplicações de seus recursos no mercado bancário.
Para o Tesouro, a estatal está exposta a muitas ações judiciais (era ré em 1.189 ações até o fim de 2009), e há risco de "contaminar" os ativos que seriam usados no programa de banda larga.
Segundo a Folha apurou, a nota técnica do Tesouro é vista como "consistente", embora a Casa Civil não esteja convencida dos argumentos das Comunicações e da equipe econômica.
Licitar a rede de fibras ópticas das estatais do setor elétrico, com 16.000 km, é uma das opções que o governo estuda para viabilizar o programa. Outra é usar os Correios ou o Serpro.
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