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27/08/2003
-
13h03
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O avanço das reformas no Congresso animou os investidores na manhã desta quarta-feira. O dólar foi negociado pela cotação mínima de R$ 2,972, uma queda de 0,53%. Agora, a moeda americana cai 0,37%, vendida a R$ 2,977. É o quarto dia abaixo de R$ 3.
A Bovespa superou a barreira psicológica dos 15.000 pontos, com máxima de 15.010 pontos, uma alta de 0,90%. Mas perdeu o fôlego e sóbe 0,53%, aos 14.957 pontos.
O risco Brasil, medido pelo banco americano JP Morgan, recua 2,72%, aos 678 pontos, o menor desde fevereiro de 2001. Desde ontem, está abaixo de 700 pontos.
Esse risco é medido pelo número de pontos percentuais de juros que o governo tem de pagar a mais que os EUA para conseguir empréstimos no exterior. Quanto menor o risco, mais fácil e barato fica captar dinheiro no mercado internacional.
"O mercado está de bom humor com o andamento das reformas", diz o operador de câmbio do banco holandês Rabobank, Jorge Kattar.
A tramitação da reforma tributária avançou. Ontem à noite, o governo conseguiu concluir a votação do texto na comissão especial da Câmara.
Mas não foi uma vitória completa para o Planalto, que se comprometeu com novas concessões para permitir o avanço do projeto. Além disso, foi obrigado a adiar, de ontem para hoje, a votação da reforma previdenciária em segundo turno.
"Há uma perspectiva no mercado de que a reforma seja aprovada", afirma Kattar.
A economia com a reforma da Previdência para o caixa do governo é estimada em R$ 49 bilhões em 20 anos. Com isso, o investidor estrangeiro considera menor o risco de uma moratória da dívida externa do Brasil (US$ 216,926 bilhões, em maio).
O C-Bond, principal título da dívida externa, valoriza 0,48%, cotado a US$ 0,907, o melhor preço neste semestre.
"Com a melhora do cenário político, surgem os boatos de que existem chances de uma elevação do rating [nota] do Brasil pelas agências de classificação de risco", afirma o operador do Rabobank.
Kattar prevê que, em setembro, as empresas brasileiros voltem a captar recursos no exterior. Ele explica que, em agosto, houve uma parada nos anúncios dessas operações devido ao período de férias no hemisfério Norte.
Avanço da reforma derruba risco Brasil e dólar; Bovespa rompe 15 mil pontos
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da Folha Online
O avanço das reformas no Congresso animou os investidores na manhã desta quarta-feira. O dólar foi negociado pela cotação mínima de R$ 2,972, uma queda de 0,53%. Agora, a moeda americana cai 0,37%, vendida a R$ 2,977. É o quarto dia abaixo de R$ 3.
A Bovespa superou a barreira psicológica dos 15.000 pontos, com máxima de 15.010 pontos, uma alta de 0,90%. Mas perdeu o fôlego e sóbe 0,53%, aos 14.957 pontos.
O risco Brasil, medido pelo banco americano JP Morgan, recua 2,72%, aos 678 pontos, o menor desde fevereiro de 2001. Desde ontem, está abaixo de 700 pontos.
Esse risco é medido pelo número de pontos percentuais de juros que o governo tem de pagar a mais que os EUA para conseguir empréstimos no exterior. Quanto menor o risco, mais fácil e barato fica captar dinheiro no mercado internacional.
"O mercado está de bom humor com o andamento das reformas", diz o operador de câmbio do banco holandês Rabobank, Jorge Kattar.
A tramitação da reforma tributária avançou. Ontem à noite, o governo conseguiu concluir a votação do texto na comissão especial da Câmara.
Mas não foi uma vitória completa para o Planalto, que se comprometeu com novas concessões para permitir o avanço do projeto. Além disso, foi obrigado a adiar, de ontem para hoje, a votação da reforma previdenciária em segundo turno.
"Há uma perspectiva no mercado de que a reforma seja aprovada", afirma Kattar.
A economia com a reforma da Previdência para o caixa do governo é estimada em R$ 49 bilhões em 20 anos. Com isso, o investidor estrangeiro considera menor o risco de uma moratória da dívida externa do Brasil (US$ 216,926 bilhões, em maio).
O C-Bond, principal título da dívida externa, valoriza 0,48%, cotado a US$ 0,907, o melhor preço neste semestre.
"Com a melhora do cenário político, surgem os boatos de que existem chances de uma elevação do rating [nota] do Brasil pelas agências de classificação de risco", afirma o operador do Rabobank.
Kattar prevê que, em setembro, as empresas brasileiros voltem a captar recursos no exterior. Ele explica que, em agosto, houve uma parada nos anúncios dessas operações devido ao período de férias no hemisfério Norte.
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