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04/09/2003
-
14h15
EDUARDO CUCOLO
da Folha Online
O Brasil perdeu espaço na disputa pelos investimentos estrangeiros diretos nos últimos dois anos, voltando aos níveis registrados antes do Plano Real.
A constatação faz parte do ranking dos países que mais receberam investimentos em 2002, divulgado hoje pela Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento), e de estimativas da Sobeet (sociedade brasileira de estudos da globalização).
O país fechou o ano de 2002 com US$ 16,6 bilhões em investimentos estrangeiros, quase US$ 6 bilhões a menos do que em 2001. Com isso, o país teve a sua participação no bolo mundial reduzida de 2,7% para 2,5%. Entre os recursos dirigidos a países em desenvolvimento --30% do total mundial--, o Brasil ficou com 8,7%, contra 9,6% no ano anterior.
A situação se agrava quando são colocadas as estimativas para 2003, de que o país feche o ano com uma perda de mais US$ 6,6 bilhões. Caso seja mantida a situação verificada no primeiro semestre do ano, o Brasil terá sua participação nos investimentos mundiais reduzida para apenas 1,5%.
Esse percentual é inferior à participação da soma das riquezas do Brasil em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) mundial, de 2,5%. No caso dos países em desenvolvimento, o país veria sua participação cair de 8,7% para 5,3%.
Os percentuais estimados para 2003 são os piores registrados desde o período que antecedeu o Real, quando o Brasil recebia apenas 0,9% dos investimentos mundiais e 2,9% em relação aos emergentes
Ranking
Como em 2002 houve uma queda generalizada dos investimentos estrangeiros no mundo inteiro, o Brasil perdeu participação, mas recuperou a posição de 11º país que mais recebeu investimentos diretos estrangeiros no ano. A posição é mesma de 2000, e uma acima da registrada em 2001 (12ª). Isso significa que vários outros países tiveram uma retração muito maior que a nossa.
Ficaram na frente do Brasil em 2002: Bélgica/Luxemburgo; China; França; Alemanha; EUA; Holanda; Reino Unido; Canadá; Espanha; e Irlanda. O Brasil está imediatamente à frente de Itália, Austrália e Hong Kong.
Entre os países em desenvolvimento, o Brasil passou do 4º lugar, em 2001, para o 2º, em 2002, atrás apenas da China e ultrapassando Hong Kong e México. Em relação às estimativas para 2003, no entanto, o Brasil deve despencar nesse ranking.
Brasil perde disputa por investimento estrangeiro em 2002, diz Unctad
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da Folha Online
O Brasil perdeu espaço na disputa pelos investimentos estrangeiros diretos nos últimos dois anos, voltando aos níveis registrados antes do Plano Real.
A constatação faz parte do ranking dos países que mais receberam investimentos em 2002, divulgado hoje pela Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento), e de estimativas da Sobeet (sociedade brasileira de estudos da globalização).
O país fechou o ano de 2002 com US$ 16,6 bilhões em investimentos estrangeiros, quase US$ 6 bilhões a menos do que em 2001. Com isso, o país teve a sua participação no bolo mundial reduzida de 2,7% para 2,5%. Entre os recursos dirigidos a países em desenvolvimento --30% do total mundial--, o Brasil ficou com 8,7%, contra 9,6% no ano anterior.
A situação se agrava quando são colocadas as estimativas para 2003, de que o país feche o ano com uma perda de mais US$ 6,6 bilhões. Caso seja mantida a situação verificada no primeiro semestre do ano, o Brasil terá sua participação nos investimentos mundiais reduzida para apenas 1,5%.
Esse percentual é inferior à participação da soma das riquezas do Brasil em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) mundial, de 2,5%. No caso dos países em desenvolvimento, o país veria sua participação cair de 8,7% para 5,3%.
Os percentuais estimados para 2003 são os piores registrados desde o período que antecedeu o Real, quando o Brasil recebia apenas 0,9% dos investimentos mundiais e 2,9% em relação aos emergentes
Ranking
Como em 2002 houve uma queda generalizada dos investimentos estrangeiros no mundo inteiro, o Brasil perdeu participação, mas recuperou a posição de 11º país que mais recebeu investimentos diretos estrangeiros no ano. A posição é mesma de 2000, e uma acima da registrada em 2001 (12ª). Isso significa que vários outros países tiveram uma retração muito maior que a nossa.
Ficaram na frente do Brasil em 2002: Bélgica/Luxemburgo; China; França; Alemanha; EUA; Holanda; Reino Unido; Canadá; Espanha; e Irlanda. O Brasil está imediatamente à frente de Itália, Austrália e Hong Kong.
Entre os países em desenvolvimento, o Brasil passou do 4º lugar, em 2001, para o 2º, em 2002, atrás apenas da China e ultrapassando Hong Kong e México. Em relação às estimativas para 2003, no entanto, o Brasil deve despencar nesse ranking.
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