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10/09/2003
-
17h10
EDUARDO CUCOLO
da Folha Online
Um liminar da Justiça do Rio pode prejudicar a renegociação da dívida da AES com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Em maio deste ano, a Justiça determinou o arresto das ações que a AES tem na Eletropaulo e na Cemig, até o valor da dívida que o grupo norte-americano tem com os credores da falida Eletronet --companhia de transmissão de dados por fibra óptica.
Esse problema levou o BNDES a fazer uma exigência na hora de fechar o negócio com a AES, na última segunda-feira: só aceitará colocar na nova empresa ações "livres e desembaraçadas". Segundo o diretor financeiro do BNDES, Roberto Timótheo da Costa, isso significa que a AES terá de resolver o problema da Eletronet para que o negócio seja concluído.
O síndico da massa falida da Eletronet, Isaak Zveiter, que pediu o arresto das ações, afirmou que a liminar continua valendo. Ele disse que os credores da Eletronet receberam uma proposta de renegociação da dívida da empresa, estimada em US$ 550 milhões. A expectativa é que as negociações estejam definidas dentro de 15 dias, o que resolveria o problema da AES.
"Foi feita uma proposta aos credores da Eletronet de repactuação das dívidas, e a estimativa é que dentro de 15 dias isso estará definido", afirmou Zveiter. Ele não comentou os detalhes da proposta.
Empréstimos
Na época em que a liminar foi concedida, a preocupação de Zveiter era o processo de venda dessas ações pelo BNDES, que estava executando as garantias dadas pela AES por dois empréstimos que não haviam sido pagos.
Dessa forma, se o BNDES vendesse as ações, uma parte do dinheiro ficaria depositada em juízo para garantir o pagamento dos credores da Eletronet.
A AES, por meio da empresa AES Bandeirantes, é sócia majoritária (51%) da Eletronet. O restante é da Lightpar, cujo controle (82%) é da Eletrobrás. A AES foi afastada da gestão da Eletronet em agosto do ano passado por não pagar R$ 12,68 milhões referentes a sua participação acionária na empresa.
Saudável
Outra exigência do BNDES é que a AES resolva o problemas das ações da AES Tietê, que foram dadas como garantia de uma dívida de US$ 300 milhões a um grupo de credores estrangeiros.
De todos os grandes empreendimentos da AES no país, a geradora AES Tietê --uma das três empresas originadas da privatização da Cesp (Companhia de Energética de São Paulo)-- é considerada a empresa mais saudável.
Ações da Eletropaulo continuam ligadas ao caso Eletronet
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da Folha Online
Um liminar da Justiça do Rio pode prejudicar a renegociação da dívida da AES com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Em maio deste ano, a Justiça determinou o arresto das ações que a AES tem na Eletropaulo e na Cemig, até o valor da dívida que o grupo norte-americano tem com os credores da falida Eletronet --companhia de transmissão de dados por fibra óptica.
Esse problema levou o BNDES a fazer uma exigência na hora de fechar o negócio com a AES, na última segunda-feira: só aceitará colocar na nova empresa ações "livres e desembaraçadas". Segundo o diretor financeiro do BNDES, Roberto Timótheo da Costa, isso significa que a AES terá de resolver o problema da Eletronet para que o negócio seja concluído.
O síndico da massa falida da Eletronet, Isaak Zveiter, que pediu o arresto das ações, afirmou que a liminar continua valendo. Ele disse que os credores da Eletronet receberam uma proposta de renegociação da dívida da empresa, estimada em US$ 550 milhões. A expectativa é que as negociações estejam definidas dentro de 15 dias, o que resolveria o problema da AES.
"Foi feita uma proposta aos credores da Eletronet de repactuação das dívidas, e a estimativa é que dentro de 15 dias isso estará definido", afirmou Zveiter. Ele não comentou os detalhes da proposta.
Empréstimos
Na época em que a liminar foi concedida, a preocupação de Zveiter era o processo de venda dessas ações pelo BNDES, que estava executando as garantias dadas pela AES por dois empréstimos que não haviam sido pagos.
Dessa forma, se o BNDES vendesse as ações, uma parte do dinheiro ficaria depositada em juízo para garantir o pagamento dos credores da Eletronet.
A AES, por meio da empresa AES Bandeirantes, é sócia majoritária (51%) da Eletronet. O restante é da Lightpar, cujo controle (82%) é da Eletrobrás. A AES foi afastada da gestão da Eletronet em agosto do ano passado por não pagar R$ 12,68 milhões referentes a sua participação acionária na empresa.
Saudável
Outra exigência do BNDES é que a AES resolva o problemas das ações da AES Tietê, que foram dadas como garantia de uma dívida de US$ 300 milhões a um grupo de credores estrangeiros.
De todos os grandes empreendimentos da AES no país, a geradora AES Tietê --uma das três empresas originadas da privatização da Cesp (Companhia de Energética de São Paulo)-- é considerada a empresa mais saudável.
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