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13/09/2003
-
17h13
da Folha Online
Cerca de 200 integrantes de vários movimentos sociais de trabalhadores rurais percorreram os principais pontos de Brasília para protestar contra a OMC (Organização Mundial do Comércio) e a criação da alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Eles querem que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva promova um plebiscito nacional sobre a participação do Brasil nas duas organizações.
"Da forma como está sendo organizada, a Alca nada mais é do que uma forma de anexação da América Latina pelos Estados Unidos", afirmou o diretor do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e um dos coordenadores da Via Campesina, Romário Rossetto.
"Queremos que o Brasil decida soberanamente como será sua participação neste mercado, sem se submeter às exigências do governo norte-americano", completa.
Desde ontem, cerca de 400 trabalhadores rurais estão em Brasília participando do acampamento nacional contra a liberação do plantio, manipulação e comercialização de alimentos transgênicos no Brasil.
A mobilização é uma iniciativa da Via Campesina, entidade que reúne entidades rurais e organizações não-governamentais em todo o mundo e, no Brasil, é capitaneada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), Pastoral da Terra e Pastoral da Juventude Rural.
Camping
Instalados no camping de Brasília, eles ficarão acampados até o dia 16 de outubro promovendo manifestações públicas e atividades de esclarecimento sobre os riscos ambientais e sociais dos transgênicos.
As lideranças do movimento estão tentando agendar audiências com o presidente da República, com os presidentes da Câmara e do Senado, e com os 13 ministros que compõem o grupo de trabalho Interministerial responsável pela elaboração do projeto de lei sobre biossegurança que será encaminhado ao Congresso Nacional.
Eles querem que o projeto de lei contemple a biossegurança, a diversidade e a tecnologia dos organismos geneticamente modificados.
Segundo Romário Rossetto, os trabalhadores rurais não são contrários à pesquisa, mas exigem saber quais são os verdadeiros impactos das sementes geneticamente modificadas. "Cautela nunca fez mal a ninguém", lembrou o líder.
Até o dia 16 de outubro, os integrantes do acampamento nacional entregarão ao governo um documento oficial contendo as principais reivindicações das organizações que formam o movimento contra os transgênicos.
Com Agência Brasil
Trabalhadores rurais protestam em Brasília contra transgênicos
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Cerca de 200 integrantes de vários movimentos sociais de trabalhadores rurais percorreram os principais pontos de Brasília para protestar contra a OMC (Organização Mundial do Comércio) e a criação da alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Eles querem que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva promova um plebiscito nacional sobre a participação do Brasil nas duas organizações.
"Da forma como está sendo organizada, a Alca nada mais é do que uma forma de anexação da América Latina pelos Estados Unidos", afirmou o diretor do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e um dos coordenadores da Via Campesina, Romário Rossetto.
"Queremos que o Brasil decida soberanamente como será sua participação neste mercado, sem se submeter às exigências do governo norte-americano", completa.
Desde ontem, cerca de 400 trabalhadores rurais estão em Brasília participando do acampamento nacional contra a liberação do plantio, manipulação e comercialização de alimentos transgênicos no Brasil.
A mobilização é uma iniciativa da Via Campesina, entidade que reúne entidades rurais e organizações não-governamentais em todo o mundo e, no Brasil, é capitaneada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), Pastoral da Terra e Pastoral da Juventude Rural.
Camping
Instalados no camping de Brasília, eles ficarão acampados até o dia 16 de outubro promovendo manifestações públicas e atividades de esclarecimento sobre os riscos ambientais e sociais dos transgênicos.
As lideranças do movimento estão tentando agendar audiências com o presidente da República, com os presidentes da Câmara e do Senado, e com os 13 ministros que compõem o grupo de trabalho Interministerial responsável pela elaboração do projeto de lei sobre biossegurança que será encaminhado ao Congresso Nacional.
Eles querem que o projeto de lei contemple a biossegurança, a diversidade e a tecnologia dos organismos geneticamente modificados.
Segundo Romário Rossetto, os trabalhadores rurais não são contrários à pesquisa, mas exigem saber quais são os verdadeiros impactos das sementes geneticamente modificadas. "Cautela nunca fez mal a ninguém", lembrou o líder.
Até o dia 16 de outubro, os integrantes do acampamento nacional entregarão ao governo um documento oficial contendo as principais reivindicações das organizações que formam o movimento contra os transgênicos.
Com Agência Brasil
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