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19/09/2003
-
09h37
ELLEN NOGUEIRA
FABIANO FALSI
do Agora
Depois de anunciar o empréstimo com parcelas descontadas diretamente na folha de pagamento dos trabalhadores, o governo já se prepara para lançar o mesmo tipo de crédito para os aposentados. De acordo com o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, em até 15 dias será possível pegar um empréstimo e ter as prestações descontadas na aposentadoria.
O INSS já está se preparando para adaptar seu sistema para que os bancos interessados possam oferecer o crédito. E há bancos que até já falam em taxa de juros: 1,2% a 1,5% ao mês --menor que a anunciada para os trabalhadores da iniciativa privada, que varia de 2% a 3,8%.
Com isso, considerando o teto da aposentadoria, de R$ 1.869,34, e o salário líquido do aposentado, ele poderia pegar até R$ 18.042,55 emprestados no banco no prazo máximo de 48 meses --levando em conta o máximo de 30% do benefício (cerca de R$ 530) para a parcela mensal.
No total do financiamento, o aposentado iria desembolsar R$ 25.440, de acordo com o estudo do presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos em Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira.
No prazo de 36 meses, sempre considerando a taxa de 1,5% ao mês já citada por bancos, o valor do empréstimo máximo passa para R$ 14.660,16.
No final, o total gasto seria de R$ 19.080. Já em um prazo menor, de 24 meses, o empréstimo máximo para os aposentados seria de R$ 10.616,11, e o total desembolsado com as parcelas no período, de R$ 12.720.
A medida beneficia 12 milhões de aposentados e 5,5 milhões de pensionistas do INSS. Quem se aposentou pelo serviço público não entra.
"É uma boa vantagem, já que o crédito no mercado está bem mais caro", disse Oliveira. Na média, a taxa do empréstimo pessoal no mercado é de 6,29%. Os aposentados teriam juro menor porque há menos risco de calote.
Outra fator que facilita é que também não há risco de demissão neste caso, como ocorre com o trabalhador da iniciativa privada. Há, sim, a possibilidade de morte do aposentado, mas as parcelas poderiam continuar a ser descontadas das pensões.
"Isso é só um remédio depois das altas taxas cobradas pelo governo no começo do ano", afirmou William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas.
Aposentados poderão emprestar até R$ 18 mil com juro menor
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FABIANO FALSI
do Agora
Depois de anunciar o empréstimo com parcelas descontadas diretamente na folha de pagamento dos trabalhadores, o governo já se prepara para lançar o mesmo tipo de crédito para os aposentados. De acordo com o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, em até 15 dias será possível pegar um empréstimo e ter as prestações descontadas na aposentadoria.
O INSS já está se preparando para adaptar seu sistema para que os bancos interessados possam oferecer o crédito. E há bancos que até já falam em taxa de juros: 1,2% a 1,5% ao mês --menor que a anunciada para os trabalhadores da iniciativa privada, que varia de 2% a 3,8%.
Com isso, considerando o teto da aposentadoria, de R$ 1.869,34, e o salário líquido do aposentado, ele poderia pegar até R$ 18.042,55 emprestados no banco no prazo máximo de 48 meses --levando em conta o máximo de 30% do benefício (cerca de R$ 530) para a parcela mensal.
No total do financiamento, o aposentado iria desembolsar R$ 25.440, de acordo com o estudo do presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos em Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira.
No prazo de 36 meses, sempre considerando a taxa de 1,5% ao mês já citada por bancos, o valor do empréstimo máximo passa para R$ 14.660,16.
No final, o total gasto seria de R$ 19.080. Já em um prazo menor, de 24 meses, o empréstimo máximo para os aposentados seria de R$ 10.616,11, e o total desembolsado com as parcelas no período, de R$ 12.720.
A medida beneficia 12 milhões de aposentados e 5,5 milhões de pensionistas do INSS. Quem se aposentou pelo serviço público não entra.
"É uma boa vantagem, já que o crédito no mercado está bem mais caro", disse Oliveira. Na média, a taxa do empréstimo pessoal no mercado é de 6,29%. Os aposentados teriam juro menor porque há menos risco de calote.
Outra fator que facilita é que também não há risco de demissão neste caso, como ocorre com o trabalhador da iniciativa privada. Há, sim, a possibilidade de morte do aposentado, mas as parcelas poderiam continuar a ser descontadas das pensões.
"Isso é só um remédio depois das altas taxas cobradas pelo governo no começo do ano", afirmou William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas.
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