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25/09/2003
-
09h05
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
A empresa japonesa Sharp deve voltar a anunciar seus produtos no país no próximo trimestre, após o desaparecimento da marca no mercado. A Volkswagen se prepara para colocar na praça o Fox, o novo carro da marca, com lançamento previsto para novembro. Ações de grandes anunciantes começam a pipocar no mercado na esteira da expectativa de melhora no humor da economia.
Publicitários e anunciantes ouvidos ontem esperam um aumento real de 3% a 5% no investimento em mídia neste ano, próximo ao crescimento verificado no ano passado, que atingiu 3,3%.
"Os primeiros oito meses do ano foram péssimos. Estamos [o mercado está] há três anos patinando, com expansão na casa de um dígito", diz Mauro Sato, gerente geral de atendimento da Talent, agência de publicidade.
Agora, há uma expectativa de que os projetos de empresas que já pretendiam entrar na mídia no último trimestre saiam de forma definitiva da gaveta a partir de outubro. Mas não há perspectivas de que isso possa fazer o setor crescer dois dígitos em 2003.
"Não há relatos dramáticos por parte de clientes ou agências. O que existe é um mercado com expansão vegetativa, ou seja, com crescimento muito pequeno há pelo menos três anos", diz Ivan Marques, gerente geral da agência F/Nazca Saatchi & Saatchi.
Para ele, o mercado deve ter elevação real em volume de investimentos de 3% a 5%.
Dados já finalizados mostram que nos sete primeiros meses do ano, o total aplicado alcançou R$ 12 bilhões e, em igual período de 2002, R$ 10,9 bilhões. Isso representa um aumento nominal de 10% no volume. Descontada a inflação, há ligeira perda. Os números são do Ibope Monitor.
Crescimento vegetativo
No ano passado, a expansão nominal do setor foi de 15,8% --a verba de mídia investida passou de R$ 17 bilhões em 2001 para R$ 19,7 bilhões em 2002. Mas o crescimento real foi de 3,3% --descontada a inflação e a política de descontos nos preços oferecidos pelas agências.
Entre os casos de novos investimentos que começam a apontar no mercado está o da Sharp, multinacional de eletrônicos. O grupo tinha uma parceria com a sua co-irmã no país, a Sharp do Brasil. Essa faliu há três anos.
Agora, a empresa estrangeira pensa em importar, em maiores volumes, produtos para o país. A F/Nazca deve cuidar da campanha da marca.
Analistas aguardam uma nova injeção de capital de empresas do setor eletrônico por conta das últimas medidas tomadas pelo governo Lula. Na última semana foi anunciada uma injeção de crédito de R$ 400 milhões para compra de eletrodomésticos.
Mais exemplos podem ser encontrados no varejo, setor em que as campanhas tomam conta do horário nobre da televisão.
O grupo Sonae, proprietário da rede de hipermercados BIG (e que não está na lista dos principais investidores em marketing no setor), planeja investir R$ 36 milhões em mídia, no período de um ano, para reforçar a imagem da rede. É o maior investimento já feito pela cadeia. Vai concorrer com Extra e Carrefour, que já travam batalhas na mídia há meses.
Anunciantes voltam à mídia, mas expectativa é de baixo crescimento
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da Folha de S.Paulo
A empresa japonesa Sharp deve voltar a anunciar seus produtos no país no próximo trimestre, após o desaparecimento da marca no mercado. A Volkswagen se prepara para colocar na praça o Fox, o novo carro da marca, com lançamento previsto para novembro. Ações de grandes anunciantes começam a pipocar no mercado na esteira da expectativa de melhora no humor da economia.
Publicitários e anunciantes ouvidos ontem esperam um aumento real de 3% a 5% no investimento em mídia neste ano, próximo ao crescimento verificado no ano passado, que atingiu 3,3%.
"Os primeiros oito meses do ano foram péssimos. Estamos [o mercado está] há três anos patinando, com expansão na casa de um dígito", diz Mauro Sato, gerente geral de atendimento da Talent, agência de publicidade.
Agora, há uma expectativa de que os projetos de empresas que já pretendiam entrar na mídia no último trimestre saiam de forma definitiva da gaveta a partir de outubro. Mas não há perspectivas de que isso possa fazer o setor crescer dois dígitos em 2003.
"Não há relatos dramáticos por parte de clientes ou agências. O que existe é um mercado com expansão vegetativa, ou seja, com crescimento muito pequeno há pelo menos três anos", diz Ivan Marques, gerente geral da agência F/Nazca Saatchi & Saatchi.
Para ele, o mercado deve ter elevação real em volume de investimentos de 3% a 5%.
Dados já finalizados mostram que nos sete primeiros meses do ano, o total aplicado alcançou R$ 12 bilhões e, em igual período de 2002, R$ 10,9 bilhões. Isso representa um aumento nominal de 10% no volume. Descontada a inflação, há ligeira perda. Os números são do Ibope Monitor.
Crescimento vegetativo
No ano passado, a expansão nominal do setor foi de 15,8% --a verba de mídia investida passou de R$ 17 bilhões em 2001 para R$ 19,7 bilhões em 2002. Mas o crescimento real foi de 3,3% --descontada a inflação e a política de descontos nos preços oferecidos pelas agências.
Entre os casos de novos investimentos que começam a apontar no mercado está o da Sharp, multinacional de eletrônicos. O grupo tinha uma parceria com a sua co-irmã no país, a Sharp do Brasil. Essa faliu há três anos.
Agora, a empresa estrangeira pensa em importar, em maiores volumes, produtos para o país. A F/Nazca deve cuidar da campanha da marca.
Analistas aguardam uma nova injeção de capital de empresas do setor eletrônico por conta das últimas medidas tomadas pelo governo Lula. Na última semana foi anunciada uma injeção de crédito de R$ 400 milhões para compra de eletrodomésticos.
Mais exemplos podem ser encontrados no varejo, setor em que as campanhas tomam conta do horário nobre da televisão.
O grupo Sonae, proprietário da rede de hipermercados BIG (e que não está na lista dos principais investidores em marketing no setor), planeja investir R$ 36 milhões em mídia, no período de um ano, para reforçar a imagem da rede. É o maior investimento já feito pela cadeia. Vai concorrer com Extra e Carrefour, que já travam batalhas na mídia há meses.
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