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25/09/2003 - 11h31

Mercado pára para digerir novidades e indicadores operam em banho-maria

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

O mercado financeiro deu uma parada para digerir as últimas novidades antes de reavaliar os preços dos ativos. Os economistas estão divididos sobre a continuidade da tendência positiva de curto prazo.

Nesta semana, surgiram sinais com potencial de provocar um correção para baixo nos preços, principalmente no mercado de ações e de títulos da dívida externa.

"Voltamos a ter vários ruídos, representados, principalmente, pelas votações de reformas agora no Senado, pelo tumulto das atividades das agências reguladoras e marco regulatório, pelo repique da taxa de inflação [a Fipe anunciou prévia do IPC de 0,94%], pelos transgênicos e indecisão do vice-presidente em assinar autorização [isso deixa o presidente em má situação]", afirma o diretor da corretora Ágora Senior, Álvaro Bandeira.

O risco Brasil sobe hoje 1,20%, aos 671 pontos. O C-Bond, principal título da dívida externa, tem leve queda de 0,06%, a US$ 0,923. O Ibovespa recua pouco, só 0,11%, aos 16.038 pontos. Já o dólar registra pequena alta de 0,17%, a R$ 2,928.

Mas há quem considere que os últimos passos do Planalto foram positivos. Na avaliação do sócio da ARX Capital, Bruno Garcia, o esforço do governo Lula de melhorar a percepção do risco regulatório pelos investidores é uma das marcas do mês de setembro.

Ele acha que a idéia do governo é atrair o capital externo para investimentos de longo prazo no país, em especial aos em setores ligados à infra-estrutura

Um movimento relevante foi dado no último dia 8, quando o BNDES fechou um acordo preliminar para renegociar a dívida de US$ 1,2 bilhão da AES, dona da Eletropaulo. No dia 16, saiu o pacote de ajuda ao setor elétrico -- uma linha de crédito de estimados R$ 3 bilhões do BNDES para capitalizar 24 empresas de distribuição de energia elétrica controladas por nove grupos econômicos.

Já o economista-chefe da Sul América, Newton Rosa, diz que o BNDES não pode ter um papel de hospital de empresas em crise, e que o novo modelo das agências reguladores, que dá mais poder para o governo na definição de regras, pode dar margem a preocupações sobre o uso político na concessão de serviços públicos.
 

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