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15/10/2003 - 10h11

Veja a íntegra da pesquisa regional da indústria do IBGE

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da Folha Online

A produção industrial brasileira caiu no mês de agosto em 7 das 12 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em São Paulo, no entanto, a indústria cresceu pela primeira vez em cinco meses.

Veja abaixo a íntegra da pesquisa regional mensal da indústria divulgada hoje pelo IBGE:

Em Agosto, Produção Industrial cai em sete Regiões

Os índices regionais da produção industrial apresentaram, em agosto, resultados negativos em sete dos doze locais pesquisados pelo IBGE, no confronto com igual mês de 2002. Entre as sete áreas com resultados negativos, a indústria do Rio Grande do Sul (-0,7%) foi a única a registrar desempenho acima do obtido em nível nacional (-1,8%), vindo a seguir: Ceará (-1,9%), região Sul (-2,5%), Rio de Janeiro (-4,6%), Santa Catarina (-6,5%), Nordeste (-6,9%) e Bahia (-11,4%).

A indústria do Espírito Santo, com crescimento de 11,6%, manteve a liderança do desempenho regional, apoiada no contínuo aumento da extração de petróleo. Com taxas positivas nesse indicador figuraram ainda Pernambuco (6,7%), São Paulo (1,0%), Paraná (0,2%) e Minas Gerais (0,1%). A indústria pernambucana apresentou a primeira taxa positiva desde fevereiro deste ano e a taxa de 1,0% registrada em São Paulo foi a primeira variação positiva neste índice desde abril.

No indicador acumulado para o período janeiro-agosto, que em nível nacional apresentou queda de 0,5%, foi possível verificar a influência das exportações, da agroindústria e da extração de petróleo sobre a dinâmica do setor industrial em 2003. De forma geral, foram as áreas onde há uma importância maior desses fatores que exibiram os índices acima da média nacional nos primeiros oito meses do ano: Espírito Santo (17,3%), Paraná (2,9%), Rio Grande do Sul (1,9%), região Sul (0,6%) e Bahia (0,2%).

Entre as áreas com índices negativos, Rio de Janeiro (-0,4%) e São Paulo (-0,8%) apresentaram resultados bem próximos à média nacional. Em Santa Catarina (-3,8%), Nordeste (-2,1%), Ceará (-2,2%), Pernambuco (-2,0%) e Minas Gerais (-1,7%), locais onde o setor industrial é relativamente mais voltado para o mercado interno, as reduções no ritmo de atividade foram mais significativas.

A pesquisa industrial mensal de produção física (PIM-PF) contempla, em nível nacional, vinte ramos industriais. Regionalmente, são pesquisados doze locais, nos quais são selecionados os ramos industriais mais significativos.

Região Nordeste

Em agosto, a produção industrial do Nordeste apresentou queda de 6,9% em relação a igual mês do ano anterior, o seu pior resultado no ano de 2003. No acumulado janeiro-agosto a queda de 2,1% também foi o seu pior resultado no ano. Já o índice acumulado dos últimos doze meses ficou estável (0,1%).

Em relação a agosto do ano passado, 11 dos 15 setores analisados diminuíram a produção. As indústrias química (-11,9%), vestuário e calçados (-39,4%) e metalúrgica (-10,6%) foram as que mais contribuíram para a queda de 6,9% na indústria geral. Por outro lado, as indústrias têxtil (10,0%), material elétrico (12,8%) e extrativa mineral (1,8%) foram as que mais contribuíram positivamente.

No indicador acumulado, dos 15 segmentos pesquisados, 10 contribuíram negativamente para o resultado geral. Dentre estes, os mais expressivos foram: vestuário e calçados (-24,4%), matérias plásticas (-28,7%) e produtos alimentares (-2,4%). Em contrapartida, cinco ramos contribuíram positivamente para o resultado geral, e o maior destaque ficou por conta da química (0,5%).

Ceará

A produção industrial no estado do Ceará exibiu, em agosto, pelo sexto mês consecutivo, recuo no indicador mensal (-1,9%). Nos indicadores para períodos mais abrangentes a indústria cearense também registrou resultados negativos: -2,2% no acumulado do ano e -0,1% nos últimos doze meses.

Para a formação do resultado de -1,9% obtido na comparação com igual mês do ano anterior contribuíram negativamente sete dos 12 gêneros pesquisados, sendo que os principais destaques negativos na formação da taxa geral vieram da metalúrgica (-15,5%) e de minerais não-metálicos (-23,6%). Dentre as principais contribuições positivas no índice global, destacaram-se produtos alimentares (6,8%).

No indicador acumulado do ano, o comportamento negativo foi verificado em nove dos 12 setores analisados. A performance adversa da indústria metalúrgica (-16,4%) respondeu pela maior influência negativa no resultado global da indústria. Por outro lado, os principais impactos positivos vieram de material elétrico e de comunicações (49,3%) e produtos alimentares (2,6%).

Pernambuco

Em agosto, a indústria de Pernambuco apresentou crescimento de 6,7% no indicador mensal, a primeira após seis retrações consecutivas, redução de 2,0% no acumulado do ano e crescimento de 2,1% no acumulado nos últimos doze meses.

Na comparação agosto 03/agosto 02, cinco dos 14 gêneros pesquisados aumentaram a produção. Produtos alimentares (45,4%), têxtil (80,4%) e material elétrico e de comunicações (17,7%) foram os setores que mais pressionaram positivamente a taxa global. Inversamente, vestuário e calçados (-87,5%) e matérias plásticas (-20,8%) foram os que mais contribuíram negativamente.

No resultado do acumulado no ano, o recuo de 2,0% refletiu o desempenho negativo verificado em nove setores, com destaque para vestuário e calçados (-50,0%) e matérias plásticas (-23,5%). Pelo lado positivo, sobressaíram material elétrico e de comunicações (11,9%) e produtos alimentares (6,0%).

Bahia

A indústria baiana mostrou, em agosto, retração de 11,4% no indicador mensal e valores positivos no acumulado do ano (0,2%) e nos últimos doze meses (0,6%).

Na comparação com agosto de 2002, sete dos 12 gêneros exibiram resultados negativos, com destaque para química (-15,7%) e produtos alimentares (-22,3%). Em termos positivos, minerais não-metálicos (20,5%), metalúrgica (2,5%) e têxtil (12,6%), apresentaram as maiores contribuições.

A expansão apresentada no indicador acumulado no ano respondeu à ampliação da produção verificada na indústria química (1,2%) e na têxtil (14,5%). Negativamente, destacaram-se matérias plásticas (-23,8%), material elétrico e de comunicações (-9,3%) e produtos alimentares (-3,0%).

Minas Gerais

Em agosto, a indústria de Minas Gerais apresentou crescimento de 0,1% em relação a igual mês do ano passado, o segundo consecutivo neste tipo de confronto. Nos demais indicadores, os resultados foram de -1,7% no acumulado no ano e de 1,2% nos últimos doze meses.

Na comparação agosto 03/agosto 02, o aumento global de 0,1% refletiu o comportamento positivo observado em seis ramos industriais, mas foi particularmente influenciado pela performance favorável da metalúrgica, que se ampliou 3,3%. Em sentido contrário, as quedas que mais pressionaram o total da indústria vieram de minerais não metálicos (-13,8%) e têxtil (-10,7%).

O resultado para o período janeiro-agosto deste ano, comparativamente a igual período de 2002, mostrou uma redução de 1,7% para a indústria geral, marca ligeiramente superior aos -2,0% registrados no acumulado janeiro-julho. Dos 16 setores pesquisados, 11 mostraram queda na produção, com a maior pressão negativa vindo da indústria alimentar (-11,7%). Entre os cinco ramos que tiveram desempenho positivo vale destacar o metalúrgico (7,0%).

Espírito Santo

A atividade industrial do Espírito Santo vem, desde abril de 2002, registrando sucessivos resultados positivos no confronto com igual mês do ano anterior e, em agosto, apresentou um crescimento de 11,6%. Com isso, se mantém na liderança do desempenho regional também segundo os indicadores acumulado no ano (17,3%) e nos últimos doze meses (20,1%).

O setor extrativo mineral, ao se ampliar 44,1%, exerceu a principal pressão positiva sobre a taxa global obtida no confronto agosto 03/agosto 02, e teve como principal item o petróleo. O segundo impacto mais importante vem da metalúrgica, que se expandiu 12,5%. Três setores reduziram a produção neste comparativo: produtos alimentares (-6,9%), minerais não metálicos (-12,6%) e papel e papelão (-3,7%).

No indicador acumulado no ano também foi forte a influência positiva exercida pela extrativa mineral (47,4%) na formação do resultado global. A indústria de papel e papelão (33,3%) respondeu pela segunda maior contribuição positiva. Com redução, figuram apenas os ramos de produtos alimentares (-10,1%) e minerais não metálicos (-7,0%).

Rio de Janeiro

Em agosto, o setor industrial do Rio de Janeiro, com uma queda de 4,6% em relação ao igual mês do ano anterior, apresentou o quinto resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação. Nos indicadores para períodos mais abrangentes, a indústria fluminense obteve resultado negativo no acumulado do ano (-0,4%) e positivo nos últimos doze meses (2,9%). Cabe ressaltar que esses resultados foram inferiores aos observados em julho: -1,4%, 0,3% e 4,9%, respectivamente.

Em relação a agosto de 2002, a produção industrial fluminense apresentou taxas negativas em 12 dos 16 ramos pesquisados. A indústria extrativa mineral, após o resultado positivo de julho (1,6%), assinalou seu terceiro índice negativo do ano, ao se reduzir 0,2% neste tipo de confronto. A indústria de transformação, por sua vez, ao recuar 10,1%, revelou comportamento mais fraco desde setembro de 2001, cabendo a química (-14,9%) o maior impacto negativo. Vale destacar o recuo do ramo têxtil (-61,3%). Dos quatro ramos da indústria de transformação que expandiram a produção, a principal pressão positiva veio da metalúrgica (7,0%).

No que tange ao acumulado no ano (-0,4%), a indústria fluminense, assinalou o primeiro resultado negativo do ano, fruto dos recuos observados em 11 dos 15 ramos da indústria de transformação. A indústria extrativa mineral, com crescimento de 0,5%, apoiada na extração de petróleo, manteve-se com índices positivos. No primeiro grupo, respondendo pela maior contribuição negativa na formação do indicador global figurou o ramo têxtil (-33,8%). Vale observar, os desempenhos adversos, embora em menor escala, dos ramos vestuário e calçados (-20,7%) e de matérias plásticas (-22,5%). Entre os quatro ramos da indústria de transformação que mostraram expansão na produção, a metalúrgica (6,3%) foi, também neste confronto, a que exerceu a principal pressão no cômputo geral.

São Paulo

Após quatro meses consecutivos em queda, a indústria de São Paulo voltou, em agosto, a assinalar aumento em sua produção na comparação com igual mês do ano passado (1,0%). Com esse resultado positivo, o indicador acumulado no ano registrou um ligeiro avanço, passando de -1,1% em janeiro-julho para -0,8% em janeiro-agosto e o acumulado nos últimos doze meses reverteu a trajetória de queda, também presente em quatro meses seguidos, com 0,4% de crescimento.

A taxa global de 1,0% registrada no comparativo com agosto de 2002 resultou da expansão em oito dos 19 setores investigados. O principal aumento ocorreu na indústria química (8,0%). Em contraste, entre os 11 setores com desempenho negativo, cabe destacar a indústria farmacêutica (-27,1%) e de bebidas (-31,2%).

A produção acumulada em janeiro-agosto mostrou em nível setorial uma predominância de resultados negativos que alcançaram 11 dos 19 setores pesquisados. As reduções que mais pressionaram a taxa global foram observadas também em farmacêutica (-20,8%), além de material de transporte (-4,6%). A indústria mecânica, com expansão de 7,1%, exerceu neste confronto o principal impacto positivo na formação da taxa global.

Região Sul

A indústria da região Sul registrou, em agosto, queda de 2,5% em relação a mesmo mês do ano anterior. Os indicadores para períodos mais abrangentes assinalaram resultados positivos: 0,6% no acumulado de janeiro-agosto e 2,0% nos últimos doze meses.

Na comparação com agosto do ano passado, 16 dos 19 gêneros pesquisados influenciaram negativamente o resultado geral. As maiores retrações foram observadas na indústria de produtos alimentares (-6,5%), química (-4,9%), fumo (-84,0%) e têxtil (-16,6%). Em contraposição, as maiores influências positivas para a taxa global foram dadas por mecânica (19,7%) e material de transporte (20,4%).

O acumulado do ano ficou estável (0,6%), com resultados positivos em nove dos 19 ramos pesquisados. Dentre estes, os mais expressivos foram mecânica (19,0%), metalúrgica (5,2%), química (1,9%) e material de transporte (4,7%). As maiores contribuições negativas foram dadas pelas indústrias de produtos alimentares (-3,3%), vestuário e calçados (-12,1%), fumo (-9,8%) e matérias plásticas (-19,6%).

Paraná

Em agosto, os principais indicadores da produção industrial do Paraná prosseguiram com taxas positivas de crescimento. Em relação a agosto do ano passado, a produção se expandiu 0,2%; no acumulado do ano, a taxa ficou em 2,9% e na comparação acumulada nos últimos doze meses, 4,7%.

No confronto com igual mês do ano anterior, o crescimento registrado pela indústria paranaense em agosto (0,2%) ficou abaixo do obtido até julho (5,1%). Essa perda de dinamismo foi acompanhada por 13 setores industriais, sendo mais intensa em vestuário e calçados, que passou de um crescimento de 24,2% em julho para uma queda de 8,4% em agosto. O índice de 0,2% refletiu os resultados positivos alcançados por oito dos 19 setores e foi sustentado, sobretudo, pelos desempenhos de material de transporte (51,0%), da mecânica (21,8%) e de alimentares (3,7%). Pressionando negativamente a taxa global, figuraram a química (-9,0%) e a indústria de minerais não metálicos (-16,9%).

No acumulado janeiro-agosto (2,9%), 11 gêneros investigados apresentaram crescimento e a principal influência continuou vindo da indústria mecânica (17,9%), confirmando mais uma vez, a articulação do estado com os investimentos relacionados à agroindústria. Papel e papelão (-4,9%) e produtos de matérias plásticas (-18,0%) responderam pelas contribuições negativas mais significativas.

Santa Catarina

Os indicadores da produção industrial catarinense permaneceram negativos em agosto. O indicador mensal apresentou a sétima taxa negativa consecutiva (-6,5%), o acumulado do ano apontou queda de 3,8% e o dos últimos doze meses, -3,5%.

No confronto agosto 03/agosto 02, notou-se uma acentuação da queda da taxa global. Em julho, a indústria apresentou redução de 4,7%, conseqüência das quedas verificadas em oito ramos, enquanto em agosto, o recuo de 6,5% foi resultante das retrações observadas em 11 segmentos.

Os principais destaques negativos, em termos de contribuição, foram produtos alimentares (-16,1%) e têxtil (-23,4%). Por outro lado, as principais influências positivas foram representadas por material elétrico e de comunicações (15,6%) e mecânica (7,0%).

No indicador acumulado no ano, 11 setores contribuíram para o resultado negativo. Os impactos mais relevantes foram observados em produtos alimentares (-7,1%), vestuário e calçados (-20,0%) e têxtil (-15,9%). Em contraposição, metalúrgica (10,1%) e material elétrico e de comunicações (11,2%) exerceram as principais pressões positivas sobre a taxa geral.

Rio Grande do Sul

Os indicadores da produção industrial do Rio Grande do Sul apresentaram, em agosto, queda de 0,7% no índice mensal e expansão nas comparações para períodos mais longos: 1,9% no índice acumulado no ano e 3,3% no dos últimos doze meses.

Na comparação mensal, registrou-se a segunda taxa negativa no ano (-0,7%), porém menos acentuada do que a de julho (-1,1%). Doze segmentos contribuíram para o decréscimo apontado na indústria geral, com destaque para produtos alimentares (-11,1%) e material elétrico e de comunicações (-21,7%). Em contrapartida, mecânica (23,6%) e material de transporte (13,1%) exerceram as principais influências positivas.

O indicador acumulado no ano apresentou aumento de 1,9%, mas observa-se uma trajetória de desaceleração desde abril. A mecânica (20,6%) sobressaiu como a principal influência positiva, seguida por química (2,2%). Por outro lado, 11 setores apresentaram desempenhos negativos, com destaque para fumo (-10,0%) e vestuário e calçados (-11,1%).
 

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