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22/10/2003
-
18h50
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O principal índice da Bovespa fechou em queda de 1,16%, aos 18.234 pontos, refletindo o desempenho negativo das Bolsas americanas, onde o Dow Jones caiu 1,53% e a Nasdaq perdeu 2,20%.
O volume financeiro somou R$ 965,282 milhões, abaixo da média diária do mês (mais de R$ 1 bilhão). Só amanhã o mercado vai repercutir a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre o juro básico da economia. Quase uma hora após o fechamento do pregão, o anúncio sobre a taxa Selic não havia ainda saído.
Um dos destaques negativos do dia foi a ação ordinária da Souza Cruz, que fechou em baixa de 3,3%, a R$ 27,25. Foi a quarta maior queda do dia.
Hoje a companhia divulgou uma queda de 20,7% no lucro acumulado de janeiro a setembro (R$ 613 milhões), na comparação com igual período do ano passado (R$ 773 milhões), bem como uma redução de 7,5% nas vendas de cigarros.
Apesar do resultado negativo do pregão de hoje, o Ibovespa ainda acumula ganhos na semana (+2,4%). No mês, a valorização atinge 10,6%, enquanto no ano o índice já avançou 61,8%.
Nos EUA, o mercado caiu em mais um dia de divulgação de resultados do terceiro trimestre de diversas empresas, como a rede de fast food McDonald's e a farmacêutica Merck para garantir lucros. A Merck anunciou planos de fechar 4.400 postos de trabalho. A Amazon.com reduziu as previsões de ganhos para este ano.
Mito
Para explicar a euforia dos investidores com os ativos brasileiros, o mercado financeiro criou um novo mito: uma possível melhora na classificação da nota de crédito ("rating") do país pelas agências de risco Moody's e Standard and Poor's virou a desculpa do momento para os sucessivos recordes de alta da Bovespa e dos títulos da dívida externa. A avaliação é do analista da consultoria Global Invest, Paulo Cintra.
"As agências de rating não indicam uma futura melhora da economia e sim endossam o que está acontecendo no momento. Uma elevação no rating do Brasil não significaria uma melhora futura da economia brasileira e sim uma diminuição de risco momentânea do país", afirma Cintra.
Na sua opinião, os preços dos ativos alcançam níveis difíceis de serem explicados.
"Esse cenário leva a uma procura por parte do mercado financeiro e da mídia especializada de fatores e indicadores que possam justificar tal movimento."
Bovespa segue Wall Street e fecha em queda de 1,16%
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da Folha Online
O principal índice da Bovespa fechou em queda de 1,16%, aos 18.234 pontos, refletindo o desempenho negativo das Bolsas americanas, onde o Dow Jones caiu 1,53% e a Nasdaq perdeu 2,20%.
O volume financeiro somou R$ 965,282 milhões, abaixo da média diária do mês (mais de R$ 1 bilhão). Só amanhã o mercado vai repercutir a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre o juro básico da economia. Quase uma hora após o fechamento do pregão, o anúncio sobre a taxa Selic não havia ainda saído.
Um dos destaques negativos do dia foi a ação ordinária da Souza Cruz, que fechou em baixa de 3,3%, a R$ 27,25. Foi a quarta maior queda do dia.
Hoje a companhia divulgou uma queda de 20,7% no lucro acumulado de janeiro a setembro (R$ 613 milhões), na comparação com igual período do ano passado (R$ 773 milhões), bem como uma redução de 7,5% nas vendas de cigarros.
Apesar do resultado negativo do pregão de hoje, o Ibovespa ainda acumula ganhos na semana (+2,4%). No mês, a valorização atinge 10,6%, enquanto no ano o índice já avançou 61,8%.
Nos EUA, o mercado caiu em mais um dia de divulgação de resultados do terceiro trimestre de diversas empresas, como a rede de fast food McDonald's e a farmacêutica Merck para garantir lucros. A Merck anunciou planos de fechar 4.400 postos de trabalho. A Amazon.com reduziu as previsões de ganhos para este ano.
Mito
Para explicar a euforia dos investidores com os ativos brasileiros, o mercado financeiro criou um novo mito: uma possível melhora na classificação da nota de crédito ("rating") do país pelas agências de risco Moody's e Standard and Poor's virou a desculpa do momento para os sucessivos recordes de alta da Bovespa e dos títulos da dívida externa. A avaliação é do analista da consultoria Global Invest, Paulo Cintra.
"As agências de rating não indicam uma futura melhora da economia e sim endossam o que está acontecendo no momento. Uma elevação no rating do Brasil não significaria uma melhora futura da economia brasileira e sim uma diminuição de risco momentânea do país", afirma Cintra.
Na sua opinião, os preços dos ativos alcançam níveis difíceis de serem explicados.
"Esse cenário leva a uma procura por parte do mercado financeiro e da mídia especializada de fatores e indicadores que possam justificar tal movimento."
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