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21/10/2000 - 18h41

Sites dos EUA se preparam para evitar fiasco nas vendas de Natal

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EDUARDO CUCOLO*
da Folha Online

As compras de Natal pela Internet devem ficar mais caras este ano nos sites norte-americanos. O motivo é a queda nas ações das empresas listadas na Nasdaq (Bolsa eletrônica que reúne as ações de empresas da nova economia) e a necessidades de novos investimentos nos sites, que no ano passado não tiveram capacidade para atender a toda a demanda.

Um em cada cinco norte-americanos, ou cerca de 55 milhões de pessoas, devem passear pelas prateleiras virtuais nesse Natal (no ano passado 41 milhões compraram online nessa época).

No final ano passado, quando a Bolsa esbanjava vitalidade, a Internet ofereceu todo tipo de promoção, incluindo entrega gratuita para alguns produtos. O resultado foi muito bom para a maioria das empresas, mas nem todos os consumidores ficaram satisfeitos com os serviços.

O Natal de 1999 foi marcado pelo fracasso de grandes sites como Toys "R''Us.com, CDnow.com e KBKids.com em entregar os produtos dentro do prazo prometido. Em razão do ocorrido, a Comissão Federal de Comércio chegou a multar essas empresas em US$ 1,5 milhão.

Outros sites varejistas, por exemplo, tiveram problemas em seus sistemas e não sabiam dizer aos clientes se os produtos estavam no estoque ou não.

Fiasco
Para escapar de um novos fiasco, e das multas salgadas, vários sites já vêm trabalhando desde janeiro no upgrade de seus equipamentos e métodos de entrega.

Os varejistas online já informaram que terão estoque suficiente para todos. A Sony, por exemplo, já advertiu os revendedores que talvez não seja capaz de atender a demanda para o tão esperado videogame PlayStation 2. A procura online também deve ser maior que a oferta no caso de câmeras digitais, aparelhos de DVD e MP3, e patinetes.

Mas pelo menos dessa vez as lojas estão se preparando para informar adequadamente seus clientes. Na Buy.com, os compradores poderão consultar se ainda há um determinado produto no estoque. E caso ele tenha acabado, poderá checar a data em que um novo lote estará à venda.

O problemas é que todo esse investimento depende da entrada de novos recursos, cuja principal fonte são as Bolsas de Valores. Mas com o mercado acionário em baixa foi preciso encontrar um forma de realocar recursos para administrar a febre do comércio virtual de uma forma mais realista.

Muitas empresas que viram suas ações despencar na Bolsa estão sendo pressionadas para obter maiores margens de lucro.

Com isso, uma mudança pelo menos será para pior: os analistas afirmam que os descontos devem ser menores, e que poucos serão os sites que entregarão as compras gratuitamente.

Recorde de vendas
A expectativa dos sites para esse ano é de que a temporada de compras de Natal quebre novamente todos os recordes da Internet norte-americana. Os consumidores devem gastar um total de US$ 11,4 bilhões, segundo a consultoria de Internet Gomez Inc.

Como no ano passado, os consumidores online podem esperar um aumento na variedade de produtos que poderão escolher, já que cada vez mais empresas se estabelecem na rede de computadores.

A aposta no crescimento da demanda é tanto, que as empresas continuam a recomendar às pessoas que antecipem suas compras para evitar o congestionamento dos principais sites nos horários de pico (hora do almoço e dias de semana à noite) e eventuais atrasos na entrega dos presentes pelo correio.

Se confirmadas as expectativas de varejistas e especialistas, os compradores podem esperar descontos menores. Mas a experiência nas compras deste ano serão bem mais agradáveis.

*Com informações da Reuters
 

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