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25/10/2003
-
21h04
da Folha Online
Ao contrário da maioria das categorias, as montadoras da região do ABC concordaram com a reivindicação dos metalúrgicos de reposição integral das perdas salariais originárias da inflação.
Os trabalhadores com salários de até R$ 4.200 terão reajuste de 15,7%, índice que representa o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que serve de base para as negociações salariais) de novembro de 2002 a setembro de 2003. Já aqueles com remuneração superior a R$ 4.200 terão aumento fixo de R$ 659,40.
A proposta é tentadora, principalmente para os trabalhadores com salário de até R$ 4.200, porque, devido à crise econômica, as empresas têm enfrentado dificuldades financeiras e não estão cedendo nas negociações trabalhistas.
Segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), 54% dos reajustes ficaram abaixo do INPC no primeiro semestre. E a tendência é de que essa situação se repita nos últimos seis meses deste ano.
Conquistas
Além do reajuste baseado na inflação, as montadoras concordaram em antecipar a data-base dos reajuste de novembro para outubro neste ano e de outubro para setembro em 2004.
Uma outra reivindicação atendida foi a elevação do piso da categoria de R$ 628 para R$ 750, um reajuste de 19,34%.
Caso a proposta seja aprovada pelos metalúrgicos em assembléias que serão realizadas nas fábricas na segunda-feira, os reajustes serão incorporados aos salários em novembro. A parcela retroativa de outubro deverá ser paga em janeiro.
José Lopez Feijóo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (filiado à CUT), sinalizou que a proposta apresentada hoje pelas montadoras deve ser aprovada pelos metalúrgicos, evitando greves, protestos ou manifestações. No entanto, ainda há boas chances de que aqueles que ganham mais de R$ 4.200 --em sua maioria, funcionários da área administrativa-- recusem aceitá-la.
"A proposta [de hoje] evoluiu positivamente. Porém, há um problema: o teto, que faz com que parte dos trabalhadores da área administrativa não recuperem a inflação integral. Se na segunda-feira a proposta for aprovada pelos trabalhadores da produção, eu vou propor a paralisação dos mensalistas [funcionários da área administrativa]", disse o sindicalista.
Autopeças
Ao contrário das montadoras, no setor de autopeças os metalúrgicos do ABC paulista e de São Paulo ainda tiveram suas principais reivindicações atendidas e ameaçam entrar em greve a partir de segunda-feira.
A paralisação foi aprovada em assembléias convocadas pelos sindicatos dos metalúrgicos do ABC (CUT) e de São Paulo (Força Sindical). Em São Paulo, cerca de 20 mil trabalhadores de mais de 40 fábricas deverão cruzar os braços.
Uma passeata sairá de Jurubatuba e seguirá até o Transamérica Expo-Center, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do Congresso da Internacional Socialista.
Os metalúrgicos de São Paulo responsabilizam a política econômica do governo pelas taxas de desemprego recordes dos últimos meses.
Montadoras oferecem reposição integral da inflação
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Ao contrário da maioria das categorias, as montadoras da região do ABC concordaram com a reivindicação dos metalúrgicos de reposição integral das perdas salariais originárias da inflação.
Os trabalhadores com salários de até R$ 4.200 terão reajuste de 15,7%, índice que representa o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que serve de base para as negociações salariais) de novembro de 2002 a setembro de 2003. Já aqueles com remuneração superior a R$ 4.200 terão aumento fixo de R$ 659,40.
A proposta é tentadora, principalmente para os trabalhadores com salário de até R$ 4.200, porque, devido à crise econômica, as empresas têm enfrentado dificuldades financeiras e não estão cedendo nas negociações trabalhistas.
Segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), 54% dos reajustes ficaram abaixo do INPC no primeiro semestre. E a tendência é de que essa situação se repita nos últimos seis meses deste ano.
Conquistas
Além do reajuste baseado na inflação, as montadoras concordaram em antecipar a data-base dos reajuste de novembro para outubro neste ano e de outubro para setembro em 2004.
Uma outra reivindicação atendida foi a elevação do piso da categoria de R$ 628 para R$ 750, um reajuste de 19,34%.
Caso a proposta seja aprovada pelos metalúrgicos em assembléias que serão realizadas nas fábricas na segunda-feira, os reajustes serão incorporados aos salários em novembro. A parcela retroativa de outubro deverá ser paga em janeiro.
José Lopez Feijóo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (filiado à CUT), sinalizou que a proposta apresentada hoje pelas montadoras deve ser aprovada pelos metalúrgicos, evitando greves, protestos ou manifestações. No entanto, ainda há boas chances de que aqueles que ganham mais de R$ 4.200 --em sua maioria, funcionários da área administrativa-- recusem aceitá-la.
"A proposta [de hoje] evoluiu positivamente. Porém, há um problema: o teto, que faz com que parte dos trabalhadores da área administrativa não recuperem a inflação integral. Se na segunda-feira a proposta for aprovada pelos trabalhadores da produção, eu vou propor a paralisação dos mensalistas [funcionários da área administrativa]", disse o sindicalista.
Autopeças
Ao contrário das montadoras, no setor de autopeças os metalúrgicos do ABC paulista e de São Paulo ainda tiveram suas principais reivindicações atendidas e ameaçam entrar em greve a partir de segunda-feira.
A paralisação foi aprovada em assembléias convocadas pelos sindicatos dos metalúrgicos do ABC (CUT) e de São Paulo (Força Sindical). Em São Paulo, cerca de 20 mil trabalhadores de mais de 40 fábricas deverão cruzar os braços.
Uma passeata sairá de Jurubatuba e seguirá até o Transamérica Expo-Center, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do Congresso da Internacional Socialista.
Os metalúrgicos de São Paulo responsabilizam a política econômica do governo pelas taxas de desemprego recordes dos últimos meses.
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