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08/11/2003
-
08h06
CHICO SANTOS
da Folha de S.Paulo, no Rio
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ampliou para R$ 5,2 bilhões o socorro aprovado neste ano para o setor elétrico ao participar na semana passada com R$ 300 milhões em uma capitalização da CPFL Energia. A conta do socorro para o setor inclui R$ 1,9 bilhão do Tesouro, do qual o banco será o agente repassador.
A CPFL Energia S.A. é a holding formada com as empresas pertencentes aos grupos VBC Energia (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa), 521 Participações (Previ, fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil) e Bonaire Participações (os fundos de pensão Funcesp, Sistel, Petros e Sabesprev).
Ela controla as distribuidoras CPFL Paulista, Rio Grande Energia e CPFL Piratininga. Controla ainda uma empresa de comercialização de energia e várias usinas hidrelétricas e termelétricas. Com a capitalização concluída no último dia 30, a BNDESPar (BNDES Participações), subsidiária do banco estatal para a área de mercado de capitais, passou a deter 3,4% do capital da CPFL Energia.
Segundo informações de mercado, a capitalização, que envolveu um total de R$ 1,55 bilhão, serviu para aliviar o peso do endividamento da empresa, especialmente o de curto prazo, que chegou a ser de R$ 800 milhões. O BNDES informou que não foi feita nenhuma repactuação dos débitos da empresa com o banco.
De acordo com "fato relevante" enviado à Bovespa no dia 21, a capitalização foi feita com a emissão de 727.699.530 ações ordinárias (com direito a voto) da CPFL Energia, ao preço de R$ 2,13 por ação.
Do total da emissão, os acionistas controladores subscreveram o equivalente a R$ 800 milhões com créditos oriundos de "adiantamentos para futuro aumento de capital".
Com a adesão da BNDESPar, os sócios originais (VBC, 521 Participações e Bonaire) só precisaram colocar em dinheiro novo R$ 450 milhões, sendo o restante integralizado pela subsidiária do banco.
Após o aumento de capital, a VBC reduziu a participação no capital da CPFL Energia de 45,32% para 44,4%. A 521 baixou de 38% para 36,9%. A Bonaire, de 16,68% para 15,3%, deixando para o BNDES uma participação de 3,4%.
Capitalização
O BNDES anunciara em setembro a criação de uma linha no valor de R$ 3 bilhões para capitalizar as distribuidoras de energia e ajudá-las a enfrentar os problemas de endividamento de curto prazo. A capitalização, à qual as distribuidoras do grupo CPFL Energia podem concorrer, ainda está em fase de negociações.
Além disso, o BNDES será o agente financeiro de uma operação de R$ 1,9 bilhão com a qual o Tesouro vai compensar as empresas do setor elétrico pelas perdas sofridas ao aceitarem não fazer o repasse integral do aumento de tarifa da energia comprada da hidrelétrica de Itaipu.
A energia de Itaipu é cotada em dólar e ficou mais cara com a valorização da moeda americana no ano passado.
Outra operação em curso no BNDES para o setor é a renegociação dos débitos da AES. A empresa americana, dona da Eletropaulo, deve ao banco US$ 1,2 bilhão, sem encargos. Pela negociação, US$ 600 milhões serão transformados em capital de uma holding a ser criada com os ativos da AES no Brasil.
BNDES compra R$ 300 mi em ações da CPFL
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da Folha de S.Paulo, no Rio
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ampliou para R$ 5,2 bilhões o socorro aprovado neste ano para o setor elétrico ao participar na semana passada com R$ 300 milhões em uma capitalização da CPFL Energia. A conta do socorro para o setor inclui R$ 1,9 bilhão do Tesouro, do qual o banco será o agente repassador.
A CPFL Energia S.A. é a holding formada com as empresas pertencentes aos grupos VBC Energia (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa), 521 Participações (Previ, fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil) e Bonaire Participações (os fundos de pensão Funcesp, Sistel, Petros e Sabesprev).
Ela controla as distribuidoras CPFL Paulista, Rio Grande Energia e CPFL Piratininga. Controla ainda uma empresa de comercialização de energia e várias usinas hidrelétricas e termelétricas. Com a capitalização concluída no último dia 30, a BNDESPar (BNDES Participações), subsidiária do banco estatal para a área de mercado de capitais, passou a deter 3,4% do capital da CPFL Energia.
Segundo informações de mercado, a capitalização, que envolveu um total de R$ 1,55 bilhão, serviu para aliviar o peso do endividamento da empresa, especialmente o de curto prazo, que chegou a ser de R$ 800 milhões. O BNDES informou que não foi feita nenhuma repactuação dos débitos da empresa com o banco.
De acordo com "fato relevante" enviado à Bovespa no dia 21, a capitalização foi feita com a emissão de 727.699.530 ações ordinárias (com direito a voto) da CPFL Energia, ao preço de R$ 2,13 por ação.
Do total da emissão, os acionistas controladores subscreveram o equivalente a R$ 800 milhões com créditos oriundos de "adiantamentos para futuro aumento de capital".
Com a adesão da BNDESPar, os sócios originais (VBC, 521 Participações e Bonaire) só precisaram colocar em dinheiro novo R$ 450 milhões, sendo o restante integralizado pela subsidiária do banco.
Após o aumento de capital, a VBC reduziu a participação no capital da CPFL Energia de 45,32% para 44,4%. A 521 baixou de 38% para 36,9%. A Bonaire, de 16,68% para 15,3%, deixando para o BNDES uma participação de 3,4%.
Capitalização
O BNDES anunciara em setembro a criação de uma linha no valor de R$ 3 bilhões para capitalizar as distribuidoras de energia e ajudá-las a enfrentar os problemas de endividamento de curto prazo. A capitalização, à qual as distribuidoras do grupo CPFL Energia podem concorrer, ainda está em fase de negociações.
Além disso, o BNDES será o agente financeiro de uma operação de R$ 1,9 bilhão com a qual o Tesouro vai compensar as empresas do setor elétrico pelas perdas sofridas ao aceitarem não fazer o repasse integral do aumento de tarifa da energia comprada da hidrelétrica de Itaipu.
A energia de Itaipu é cotada em dólar e ficou mais cara com a valorização da moeda americana no ano passado.
Outra operação em curso no BNDES para o setor é a renegociação dos débitos da AES. A empresa americana, dona da Eletropaulo, deve ao banco US$ 1,2 bilhão, sem encargos. Pela negociação, US$ 600 milhões serão transformados em capital de uma holding a ser criada com os ativos da AES no Brasil.
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