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11/11/2003
-
19h10
PATRICIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
A manifestação dos funcionários do Legislativo, que pediram por meio de cartazes e faixas a demissão do ministro da Previdência Ricardo Berzoini, não ganhou coro entre os deputados da Comissão de Seguridade Social. Os deputados ouviram hoje as explicações do ministro sobre a medida que cortou o pagamento das aposentadorias de idosos com mais de 90 anos até que eles fossem aos postos do INSS para um recadastramento.
A base aliada do governo, comandada pelo líder Nelson Pellegrino e pelo
vice-líder, professor Luizinho, reconheceu o equívoco da medida adotada pelo Ministério da Previdência, mas aceitou o seu pedido de desculpas apresentado pelo ministro publicamente, elogiando a atuação do ministério no combate às fraudes.
"Acho que aqueles que pretendiam fazer desse episódio palanque político perderam tempo, destacou Pellegrino ao final da sua intervenção de apoio ao ministro.
Para a deputada Maria do Rosário, a atitude do ministro de se desculpar com a sociedade e especialmente com os idosos atingidos com a medida "não um ato formal, mas a sinceridade de quem quer acertar".
Diante do tom das intervenções, nem mesmo os manifestantes do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Legislativo) permaneceram na comissão para acompanhar a exposição do ministro até o final.
Oposição
A oposição marcou presença principalmente com a intervenção do líder do PFL, José Carlos Aleluia (BA), mas os protestos também partiram dos radicais do PT Babá (João Batista de Araújo) e Luciana Genro, além da deputada Jandira Feghali.
Aleluia considerou que a medida adotada pelo ministro mais se ajustaria ao governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello do que se esperava do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas ele considerou injusto o pedido público de demissão do ministro feito pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) na semana passada. Para o líder do PFL, embora Berzoini tenha demorado a admitir o erro, ele ainda considera o ministro capaz de continuar à frente do ministério.
"Não basta um pedido de desculpas", disse Babá ao considerar "lamentável" o fato ocorrido com os idosos maiores de 90 anos. Jandira fez elogios aos avanços conquistados pelo governo até agora na tentativa de saneamento da previdência social comparados principalmente aos antecessores de Berzoini, mas afirmou que a medida teve um "viés autoritário e prepotente", e que o ministro teve sorte de nenhum dos idosos obrigados a se dirigir aos postos do INSS ter morrido.
Já a deputada Luciana Genro protestou por não ter tido tempo para questionar o ministro, que tinha compromissos no Palácio do Planalto e deixou a Câmara quando ainda havia oito deputados inscritos para falar. "Berzoini deveria estar gerindo fundo de pensão e não cortando aposentadoria de velhinhos", protestou a deputada ao final da audiência pública.
Articulação do governo minimiza protestos contra Berzoini na Câmara
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da Folha Online, em Brasília
A manifestação dos funcionários do Legislativo, que pediram por meio de cartazes e faixas a demissão do ministro da Previdência Ricardo Berzoini, não ganhou coro entre os deputados da Comissão de Seguridade Social. Os deputados ouviram hoje as explicações do ministro sobre a medida que cortou o pagamento das aposentadorias de idosos com mais de 90 anos até que eles fossem aos postos do INSS para um recadastramento.
A base aliada do governo, comandada pelo líder Nelson Pellegrino e pelo
vice-líder, professor Luizinho, reconheceu o equívoco da medida adotada pelo Ministério da Previdência, mas aceitou o seu pedido de desculpas apresentado pelo ministro publicamente, elogiando a atuação do ministério no combate às fraudes.
"Acho que aqueles que pretendiam fazer desse episódio palanque político perderam tempo, destacou Pellegrino ao final da sua intervenção de apoio ao ministro.
Para a deputada Maria do Rosário, a atitude do ministro de se desculpar com a sociedade e especialmente com os idosos atingidos com a medida "não um ato formal, mas a sinceridade de quem quer acertar".
Diante do tom das intervenções, nem mesmo os manifestantes do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Legislativo) permaneceram na comissão para acompanhar a exposição do ministro até o final.
Oposição
A oposição marcou presença principalmente com a intervenção do líder do PFL, José Carlos Aleluia (BA), mas os protestos também partiram dos radicais do PT Babá (João Batista de Araújo) e Luciana Genro, além da deputada Jandira Feghali.
Aleluia considerou que a medida adotada pelo ministro mais se ajustaria ao governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello do que se esperava do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas ele considerou injusto o pedido público de demissão do ministro feito pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) na semana passada. Para o líder do PFL, embora Berzoini tenha demorado a admitir o erro, ele ainda considera o ministro capaz de continuar à frente do ministério.
"Não basta um pedido de desculpas", disse Babá ao considerar "lamentável" o fato ocorrido com os idosos maiores de 90 anos. Jandira fez elogios aos avanços conquistados pelo governo até agora na tentativa de saneamento da previdência social comparados principalmente aos antecessores de Berzoini, mas afirmou que a medida teve um "viés autoritário e prepotente", e que o ministro teve sorte de nenhum dos idosos obrigados a se dirigir aos postos do INSS ter morrido.
Já a deputada Luciana Genro protestou por não ter tido tempo para questionar o ministro, que tinha compromissos no Palácio do Planalto e deixou a Câmara quando ainda havia oito deputados inscritos para falar. "Berzoini deveria estar gerindo fundo de pensão e não cortando aposentadoria de velhinhos", protestou a deputada ao final da audiência pública.
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