Publicidade
Publicidade
14/11/2003
-
21h27
da Folha de S.Paulo, no Rio
O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, disse hoje que sem investimento público não há possibilidade de ciclo econômico "ascendente". Em discurso no encerramento de seminário sobre PPP (Parceria Público-Privada), Lessa citou o economista polonês Michael Kalecki (1899-1970) para defender sua tese.
Segundo Lessa, Kalecki, a quem chamou de "o mais brilhante dos keynesianos (referência aos seguidores do economista inglês John Maynard Keynes), mostrava que "o ramo ascendente de qualquer ciclo econômico passa, de forma absolutamente estratégica, pelo investimento, e, dentro do investimento, pelo investimento público".
Para o presidente do BNDES, cujo discurso conflita com o pensamento contracionista de parte da equipe econômica do governo, "existe no agente público decisor a capacidade de superar a visão imediatista do mercado".
Lessa afirmou que "além do mercado é que está o sonho". Acrescentou que "aquele que fica prisioneiro da realidade imediata tende à loucura".
Para ele, a PPP "não é uma panacéia [remédio para todos os males]", mas é "uma boa aposta" para que se possa implementar projetos de infra-estrutura sob a coordenação de "uma instância nacional".
Lessa aproveitou para criticar as privatizações, que, segundo ele, foram vistas como "panacéia" em um determinado momento, mas acabaram se revelando "geradoras de uma porção de novos problemas.
Ele elogiou a China como exemplo de país que está sabendo subordinar a atração de capitais a um projeto coordenado e regulado pelo Estado.
Para Lessa, não há ciclo econômico "ascendente" sem investimento público
Publicidade
O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, disse hoje que sem investimento público não há possibilidade de ciclo econômico "ascendente". Em discurso no encerramento de seminário sobre PPP (Parceria Público-Privada), Lessa citou o economista polonês Michael Kalecki (1899-1970) para defender sua tese.
Segundo Lessa, Kalecki, a quem chamou de "o mais brilhante dos keynesianos (referência aos seguidores do economista inglês John Maynard Keynes), mostrava que "o ramo ascendente de qualquer ciclo econômico passa, de forma absolutamente estratégica, pelo investimento, e, dentro do investimento, pelo investimento público".
Para o presidente do BNDES, cujo discurso conflita com o pensamento contracionista de parte da equipe econômica do governo, "existe no agente público decisor a capacidade de superar a visão imediatista do mercado".
Lessa afirmou que "além do mercado é que está o sonho". Acrescentou que "aquele que fica prisioneiro da realidade imediata tende à loucura".
Para ele, a PPP "não é uma panacéia [remédio para todos os males]", mas é "uma boa aposta" para que se possa implementar projetos de infra-estrutura sob a coordenação de "uma instância nacional".
Lessa aproveitou para criticar as privatizações, que, segundo ele, foram vistas como "panacéia" em um determinado momento, mas acabaram se revelando "geradoras de uma porção de novos problemas.
Ele elogiou a China como exemplo de país que está sabendo subordinar a atração de capitais a um projeto coordenado e regulado pelo Estado.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice