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15/11/2003 - 08h19

Cerveja Schincariol assume 2º lugar

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ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo

Levantamento divulgado ontem mostra que, de forma pioneira, o grupo Schincariol, dono da Nova Schin --a cerveja do "Experimenta"--, assumiu a segunda colocação no ranking das maiores empresas do país no setor. Isso ocorre pouco mais de dois meses depois do lançamento da nova campanha do grupo.

Se em setembro a empresa tinha 11,5% das vendas de cerveja pilsen no Brasil, em volume, em outubro a taxa passou para 14,1%, um ganho de 2,6 pontos. A empresa superou a canadense Molson, que tem 11,9%.

Cada ponto equivale a uma receita próxima de R$ 80 milhões. A Nova Schin, que já veiculou quatro diferentes peças publicitárias na TV --e que manterá o comercial do "Experimenta" até 31 de dezembro--, passou de 11,4% para 14,2% de participação.

Nessa análise, é levada em conta apenas a venda da cerveja pilsen (garrafa 600 ml). Os dados fazem parte de um levantamento da AC Nielsen, instituto de pesquisas.

Outros grupos reduziram o seu tamanho nesse segmento. Em outubro, a AmBev, que controla as marcas Skol, Brahma e Antarctica, perdeu mercado. Em setembro de 2002, o grupo era dono de pouco mais 70% das vendas.

A taxa caiu para 66,1% um ano depois, em setembro de 2003. No mês passado, a participação recuou para 63,8%.

A Skol, a marca líder do segmento de cervejas no país, perdeu um ponto de participação (chamado "market share") em um mês e passou a responder por 29% das vendas do produto. Há um ano, a marca tinha cerca de 32% do mercado.

A Antarctica teve também uma perda, mais tímida, de 0,2 ponto de setembro para outubro.

A Molson, representada pelas marcas Kaiser, Bavaria e Heineken, voltou a encolher. A Kaiser, por exemplo --que enfrenta um período de reestruturação com corte de custos--, tinha 7,3% do mercado em setembro e caiu para 7% no último mês.

Na avaliação das líderes de mercado, a expansão da Schincariol, com a Nova Schin, é natural. A AmBev havia informado, por meio de sua direção, na semana passada, que é "comum que grandes investimentos de marketing resultem em ganhos de participação de mercado".

Mas a questão está em obter retorno financeiro --manter margem de lucro e rentabilidade-- durante esse período.

O grupo Schin está gastando R$ 140 milhões em marketing, o dobro do valor aplicado em anos anteriores. A AmBev gasta, em média, de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões anualmente.

Para analistas, o fato de a Schincariol cobrar preços inferiores em relação aos de marcas líderes --num momento de renda minguada e, portanto, mudança no comportamento de compra-- ajuda no processo de expansão da sua nova marca.
 

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