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17/11/2003
-
08h58
JOSÉ ALAN DIAS
da Folha de S.Paulo
A AmBev, por meio de sua marca Antarctica, anunciou que entrará hoje com uma petição no Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária) em que solicita a retirada do ar do comercial da Nova Schin, que começou a ser veiculado na sexta.
Marcello Serpa, diretor da agência de publicidade AlmapBBDO, que detém a conta da Antarctica e que enviará a petição ao Conar, alega que a campanha da Nova Schin 'expõe de maneira não leal os concorrentes e induz os consumidores a erro'.
No comercial, que recorre ao chamado teste cego, um homem com os olhos vendados bebe a cerveja da Schincariol, mas se recusa a prosseguir e experimentar as demais. Na mesa estão expostas, além da Nova Schin, as cervejas Skol, Brahma e Antarctica, da AmBev, e a Kaiser, da Molson. 'É uma malandragem o que fazem', diz Serpa, em alusão ao teste.
A Folha não conseguiu localizar Eduardo Fischer, da Fischer América, responsável pela conta da cervejaria Schincariol.
Ontem à noite, a AmBev deveria iniciar outra campanha na TV em resposta à Schincariol.
Trata-se de um novo capítulo da recente disputa no setor deflagrada com o lançamento da Nova Schin. Amparada na campanha, em dois meses a Schincariol passou de 11,5% das vendas de cerveja pilsen para 14,1%, superando a canadense Molson -que agora tem 11,9%. A AmBev é líder isolada, mas sua participação recuou de 66,1% pra 63,8%, em outubro, segundo dados divulgados pelo instituto AC Nielsen na sexta-feira. Em setembro de 2002, a participação da AmBev era de 70,2%.
A disputa é milionária (a despeito do encolhimento do mercado neste ano): cada ponto percentual representa vendas equivalentes a R$ 80 milhões. O consumo de cerveja neste ano deve encolher 14% comparada a 2002, segundo estimativas das empresas.
Analistas dizem que, além do pesado investimento em mídia (são R$ 140 milhões, o dobro de 2002, contra os R$ 350 milhões da rival), o fato de a Schincariol praticar preços inferiores aos da AmBev permite à cerveja do grupo ganhar mercado em período de perda de renda do consumidor.
Mais polêmica
O caso da cerveja é a segunda polêmica que ameaça chegar ao Conar em quatro dias. Na sexta-feira, o conselho decidiu suspender a veiculação de uma campanha da Fiat de lançamento do novo Palio.
Alegou ter recebido 17 queixas de consumidores: o principal argumento era de que o anúncio faz apologia à violência. No filme, um presidiário, ao deixar a cadeia, depara-se com o novo veículo e acaba fascinado. Na cena seguinte, há o ruído de um vidro estilhaçando-se e de sirenes de polícia. Em uma nota, a Fiat e a Leo Burnett, a agência responsável pela campanha, negaram qualquer apologia à violência.
AmBev vai ao Conar contra a Schincariol
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da Folha de S.Paulo
A AmBev, por meio de sua marca Antarctica, anunciou que entrará hoje com uma petição no Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária) em que solicita a retirada do ar do comercial da Nova Schin, que começou a ser veiculado na sexta.
Marcello Serpa, diretor da agência de publicidade AlmapBBDO, que detém a conta da Antarctica e que enviará a petição ao Conar, alega que a campanha da Nova Schin 'expõe de maneira não leal os concorrentes e induz os consumidores a erro'.
No comercial, que recorre ao chamado teste cego, um homem com os olhos vendados bebe a cerveja da Schincariol, mas se recusa a prosseguir e experimentar as demais. Na mesa estão expostas, além da Nova Schin, as cervejas Skol, Brahma e Antarctica, da AmBev, e a Kaiser, da Molson. 'É uma malandragem o que fazem', diz Serpa, em alusão ao teste.
A Folha não conseguiu localizar Eduardo Fischer, da Fischer América, responsável pela conta da cervejaria Schincariol.
Ontem à noite, a AmBev deveria iniciar outra campanha na TV em resposta à Schincariol.
Trata-se de um novo capítulo da recente disputa no setor deflagrada com o lançamento da Nova Schin. Amparada na campanha, em dois meses a Schincariol passou de 11,5% das vendas de cerveja pilsen para 14,1%, superando a canadense Molson -que agora tem 11,9%. A AmBev é líder isolada, mas sua participação recuou de 66,1% pra 63,8%, em outubro, segundo dados divulgados pelo instituto AC Nielsen na sexta-feira. Em setembro de 2002, a participação da AmBev era de 70,2%.
A disputa é milionária (a despeito do encolhimento do mercado neste ano): cada ponto percentual representa vendas equivalentes a R$ 80 milhões. O consumo de cerveja neste ano deve encolher 14% comparada a 2002, segundo estimativas das empresas.
Analistas dizem que, além do pesado investimento em mídia (são R$ 140 milhões, o dobro de 2002, contra os R$ 350 milhões da rival), o fato de a Schincariol praticar preços inferiores aos da AmBev permite à cerveja do grupo ganhar mercado em período de perda de renda do consumidor.
Mais polêmica
O caso da cerveja é a segunda polêmica que ameaça chegar ao Conar em quatro dias. Na sexta-feira, o conselho decidiu suspender a veiculação de uma campanha da Fiat de lançamento do novo Palio.
Alegou ter recebido 17 queixas de consumidores: o principal argumento era de que o anúncio faz apologia à violência. No filme, um presidiário, ao deixar a cadeia, depara-se com o novo veículo e acaba fascinado. Na cena seguinte, há o ruído de um vidro estilhaçando-se e de sirenes de polícia. Em uma nota, a Fiat e a Leo Burnett, a agência responsável pela campanha, negaram qualquer apologia à violência.
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