Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/11/2003 - 20h03

Para indústria, BC se libertou da "lógica do mercado"

Publicidade

EDUARDO CUCOLO
da Folha Online

A indústria brasileira manifestou apoio à decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) de reduzir a taxa básica de juros de 19% para 17,5% ao ano.

Segundo o presidente da Fiesp (federação das indústrias de São Paulo), Horacio Lafer Piva, o Copom "ousou contrariar a expectativa reinante", uma vez que o mercado apostava em uma queda de apenas um ponto. Piva havia dito esta semana que esperava uma redução "em torno de 1,5 ponto".

"A decisão do Copom deixou claro que o Banco Central não está preso à lógica conservadora do mercado financeiro", afirmou o presidente da Fiesp. "Apesar de os juros reais se manterem em patamar elevadíssimo, permanece viva a esperança de vê-los de volta ao patamar de um dígito em futuro próximo."

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, também elogiou a decisão e afirmou que o setor empresarial recebe a decisão como "estimuladora".
"Desta vez, o Banco Central ficou mais perto das previsões da indústria", afirmou.

Futuro

O presidente da Abit (Associação Brasileira de Indústria Têxtil), Paulo Skaf, disse esperar que o Copom reduza a taxa em mais um ponto percentual na sua próxima reunião, em dezembro, para 16% ao ano.

"Precisamos terminar 2003 com a taxa Selic neste patamar, o que nos garantiria uma taxa real de juros de um dígito", disse. "Com a Selic em 16% teremos um panorama macroeconômico mais confortável e estimulante para todos os setores da economia brasileira", afirmou.

Na opinião do presidente da Abimaq (associação das indústrias de máquinas e equipamentos), Luiz Carlos Delben Leite, a redução da taxa básica de juros deveria ter sido de 5 pontos percentuais, para 14% ao ano.

Leia mais
  • Entenda o que acontece na economia com a redução dos juros
  • Conheça a história da taxa Selic, os juros básicos brasileiros
  • Taxa de 17,5% é a terceira mais alta
  • Juro real cai para 10,9% ao ano, mas ainda é o mais alto do mundo
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página